O financiamento climático no Brasil ganhou destaque com a proposta do fundo Tropical Forest Forever Facility (TFFF), previsto para lançamento na COP30 em novembro. O mecanismo pretende captar até US$ 125 bilhões para remunerar países que avançarem na proteção das florestas tropicais, conectando preservação ambiental e mercado financeiro.
O Brasil anunciou aporte inicial de US$ 1 bilhão, reforçando seu papel de liderança no debate global. A estratégia prevê que parte dos recursos arrecadados seja repassada em pagamentos médios de US$ 4 por hectare preservado, criando incentivos econômicos reais contra o desmatamento. O formato é considerado inovador dentro do debate de financiamento climático no Brasil.
Financiamento climático no Brasil e estrutura do TFFF
A arquitetura do fundo ainda está em construção. O Banco Mundial poderá atuar como fiduciário interino, decisão marcada para 21 de outubro, segundo seu presidente Ajay Banga. Outra opção seria a gestão privada, focada em títulos de renda fixa de alto rendimento. Esse debate mostra como o financiamento climático no Brasil depende de credibilidade institucional e de modelos financeiros estáveis.
COP30 – Confira no vídeo que avançam as negociações por financiamento climático:
Desafios do financiamento climático para proteger florestas
Apesar do potencial, o fundo enfrenta obstáculos geopolíticos. O Brasil busca US$ 25 bilhões em garantias para emitir US$ 100 bilhões em títulos, mas países ricos priorizam recursos militares. Além disso, o cancelamento de um roadshow em setembro gerou dúvidas sobre a adesão dos investidores. Ainda assim, especialistas veem no mecanismo um marco para a proteção das florestas tropicais.
COP30 e o protagonismo brasileiro no financiamento climático
A COP30 será palco estratégico para validar o fundo. Para o governo, consolidar o financiamento climático no Brasil com apoio internacional pode reforçar a credibilidade do país e atrair novos parceiros. A estratégia prevê repasse de parte dos recursos em pagamentos médios de US$ 4 por hectare preservado, o que cria incentivos econômicos reais contra o desmatamento.
Perspectivas futuras para o modelo de financiamento verde
O sucesso do TFFF dependerá da articulação política e da confiança do mercado. Se prosperar, o modelo poderá se tornar referência mundial de financiamento climático no Brasil, ao vincular a preservação de biomas a rendimentos financeiros. Para o país, isso representa mais do que diplomacia: significa transformar hectares preservados em valor econômico e consolidar a liderança na proteção das florestas tropicais.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) acontecerá de 10 a 21 de novembro, na cidade de Belém.