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Novo modelo de crédito imobiliário lançado pelo Governo: entenda como funciona

O governo federal apresentou um novo modelo de crédito imobiliário que moderniza o uso da poupança e amplia o teto do SFH. A medida libera gradualmente o compulsório do Banco Central, o que deve injetar R$ 20 bilhões no mercado de habitação.
Engenheira observa projeto de construção em frente a edifício em obras, simbolizando o impacto do novo modelo de crédito imobiliário no setor habitacional.
O plano redefine o uso dos recursos da poupança e cria um cronograma de liberação total do compulsório em até dez anos. (Imagem: Freepik)

O governo federal lançou nesta sexta-feira (10/10), em São Paulo, o novo modelo de crédito imobiliário. O plano redefine o uso dos recursos da poupança e cria um cronograma de liberação total do compulsório em até dez anos. Com isso, o setor financeiro prevê a injeção de R$ 20 bilhões no crédito habitacional em 2025.

Além disso, o governo elevou o teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2 milhões, o que amplia o número de famílias com acesso a taxas de juros mais baixas.

Como o novo modelo de crédito imobiliário altera o compulsório

Atualmente, 20% da poupança fica retida no Banco Central como depósito compulsório. A proposta do novo modelo de crédito imobiliário reduz esse percentual em 1,5 ponto ao ano a partir de 2027. Dessa forma, o compulsório zera em 2037. Com a mudança, os bancos ganham liberdade para usar esses recursos no crédito habitacional e em outras aplicações. No entanto, devem manter o mesmo volume de financiamentos para habitação.

Além disso, 80% dos valores liberados irão ao SFH, com taxa máxima de 12% ao ano. Os 20% restantes seguirão para o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), com juros de mercado.

Efeitos esperados para o setor da construção civil

A expectativa do governo e de entidades do setor é que o novo modelo de crédito imobiliário modernize o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que vem mostrando sinais de esgotamento. Com mais liquidez, os bancos poderão ofertar novos financiamentos e reduzir o custo do crédito.

Para atender às demandas da construção civil e o mercado imobiliário como um todo, o plano inclui um período de testes até dezembro de 2026, o que permitirá ajustes graduais e avaliação dos efeitos sobre a inflação e o mercado de capitais. Especialistas apontam que a transição suave reduz riscos de desequilíbrio monetário e amplia a previsibilidade para investidores.

Impactos econômicos e próximos passos

A reforma do crédito habitacional será apresentada em evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Jader Filho (Cidades), além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.

Embora a proposta de uma linha de crédito para reformas tenha sido adiada, o governo afirma que o novo modelo de crédito imobiliário representa o maior avanço estrutural do setor desde 2018. Nesse contexto, o impacto tende a ser positivo para a construção civil e o mercado de habitação, que esperam novos estímulos à demanda e ao investimento a longo prazo.

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