O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) divulgado hoje, sexta-feira (24/10), pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a inflação perdeu força na terceira quadrissemana de outubro (22/10), com alta de apenas 0,19% e variação acumulada de 3,66% em 12 meses. Todas as sete capitais pesquisadas registraram desaceleração em suas taxas, reforçando o quadro de estabilidade de preços no curto prazo.
O levantamento da FGV, produzido pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), considera dados coletados entre 23 de setembro e 22 de outubro de 2025. A pesquisa indica que Recife foi a capital com maior alta, de 0,75%, impulsionada pelo aumento expressivo das passagens aéreas, que subiram 27,35% no período. Já Belo Horizonte apresentou a menor variação, com recuo de 0,07%, resultado da queda de 2,88% na gasolina, que compensou pressões em outros itens de consumo.
Inflação semanal mostra estabilidade nas capitais
Entre as demais cidades, o comportamento do IPC-S divulgado hoje foi o seguinte:
- São Paulo: alta de 0,27%;
- Rio de Janeiro: leve avanço de 0,01%;
- Brasília: elevação de 0,31%;
- Porto Alegre: aumento de 0,13%;
- Salvador: variação positiva de 0,05%.
Esses resultados apontam para uma inflação semanal sob controle, com variações moderadas e dispersão limitada entre as regiões.
Além disso, segundo o IBRE/FGV, o comportamento recente do índice reflete:
- Estabilidade dos alimentos in natura, que reduziram a pressão no grupo alimentação;
- Recuo nos combustíveis, especialmente na gasolina, que segue atenuando o impacto inflacionário nacional.
A pesquisa também mostra que o setor de transportes voltou a ter impacto relevante sobre o índice, puxado pelo aumento das tarifas aéreas em meio à alta da demanda turística e à recomposição de custos operacionais das companhias. O grupo de habitação, por sua vez, apresentou comportamento estável, assim como alimentação e saúde.
Comparativo mostra desaceleração da inflação entre as duas leituras de outubro
Na leitura anterior, referente à segunda quadrissemana de outubro de 2025, divulgado em 16 de outubro (16/10) o IPC-S havia avançado 0,45%, segundo a FGV. O resultado do IPC-S divulgado hoje, de 0,19%, mostra perda de ritmo na inflação semanal, influenciada principalmente pela desaceleração de passagens aéreas e combustíveis.
Enquanto isso, o acumulado em 12 meses também recuou, passando de 3,93% para 3,66%, reforçando o quadro de moderação dos preços ao consumidor.
A pesquisa também mostra que o setor de transportes voltou a ter impacto relevante sobre o índice, puxado pelo aumento das tarifas aéreas em meio à alta da demanda turística e à recomposição de custos operacionais das companhias. O grupo de habitação, por sua vez, apresentou comportamento estável, assim como alimentação e saúde.
IPC-S lançado hoje revela tendência moderada no índice de preços
De acordo com analistas da FGV, o comportamento do índice de preços ao consumidor reforça uma trajetória de inflação mais moderada no último trimestre de 2025. Apesar das pressões pontuais em transportes e serviços, o conjunto dos dados indica manutenção da tendência de estabilidade. O resultado do IPC-S divulgado hoje ocorre em um cenário de debate sobre a política monetária e de expectativa de continuidade do ciclo de redução gradual da taxa Selic pelo Banco Central (BC).
Para a próxima divulgação, marcada para 4 de novembro (04/11), a FGV avalia que o índice deve se manter dentro de uma faixa estreita, refletindo o equilíbrio entre os reajustes sazonais e a contenção dos custos de energia e combustíveis.









