Durante o programa Focus Colloquium, exibido na segunda-feira (23/06), o presidente do Sindiônibus Ceará, Dimas Barreira, fez um alerta direto: o transporte coletivo de Fortaleza está à beira do colapso.
“Se houver uma licitação hoje, ela será deserta. Não há mais interesse, porque o negócio se tornou inviável”, afirmou Barreira.
Hoje, 520 mil passageiros utilizam o sistema por dia, menos da metade do que em 2015, quando o número era de 1,15 milhão. O impacto na mobilidade urbana em Fortaleza é evidente.
Crise afeta diretamente o transporte coletivo de Fortaleza
- Demanda caiu 55% desde 2015
- Frota encolheu de 1.904 para 1.230 ônibus
- Idade média dos veículos subiu de 4 para 8 anos
- Tarifa ideal: R$ 7,27 — usuário paga R$ 4,50
- Subsídio necessário: R$ 24,5 mi/mês — pago hoje: R$ 14,5 mi
Esse cenário compromete a operação regular do transporte coletivo de Fortaleza, exigindo intervenção urgente para evitar um colapso nos próximos meses.
Déficit inviabiliza o modelo atual
O sistema opera com R$ 10 milhões de déficit mensal, segundo estudo técnico da própria Prefeitura. Sem subsídios proporcionais aos custos reais, o transporte público urbano não atrai novos operadores e pode parar, como alertou Dimas Barreira.
Por que o transporte coletivo essencial
Além da mobilidade, o transporte coletivo de Fortaleza é um pilar para o funcionamento da cidade em várias dimensões. Veja alguns de seus impactos positivos:
- Mobilidade e acesso: conecta pessoas ao trabalho, estudo e serviços
- Redução do tráfego: menos carros nas ruas, menos congestionamento
- Sustentabilidade: menor emissão de CO₂ e menor consumo de energia
- Inclusão social: acessível a todas as faixas de renda
- Economia local: movimenta comércios e gera empregos
- Segurança urbana: reduz exposição a acidentes viários
Dados que ilustram o cenário do transporte coletivo de Fortaleza
- Passageiros/dia: de 1,15 milhão (2015) para 520 mil (2024)
- Frota: de 1.904 veículos para 1.230, com ônibus de até 15 anos circulando
- Tarifa real: R$ 7,27 — subsídio municipal atual cobre apenas parte da diferença
- Déficit mensal: R$ 10 milhões — necessário R$ 24,5 milhões, pago R$ 14,5 milhões
Confira o programa na íntegra: