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Ciclone extratropical sul-brasileiro ameaça plantio de soja

O ciclone extratropical sul-brasileiro causa ventos fortes e chuvas intensas no Sul do país, afetando o plantio de soja e atrasando o início da safra 2025/26. Especialistas alertam para o risco de erosão do solo, doenças nas lavouras e aumento dos custos agrícolas. Segundo a Conab, o excesso de umidade já compromete o ritmo da semeadura, enquanto o El Niño mantém o clima instável na região.
Lavoura de soja afetada pelo ciclone extratropical sul-brasileiro, com folhas danificadas pelo vento e excesso de umidade.
Ciclone extratropical sul-brasileiro provoca ventos fortes e ameaça o desenvolvimento das lavouras de soja no Sul.

O avanço de um ciclone extratropical sul-brasileiro coloca em alerta produtores rurais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O fenômeno, que combina ventos acima de 100 km/h e volumes expressivos de chuva, ameaça o plantio de soja e o cronograma da safra 2025/26.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a instabilidade deve persistir até quinta-feira (14/11), com acumulados que ultrapassam 150 milímetros em regiões produtoras. Esse cenário já afeta o ritmo de semeadura e preocupa o setor agrícola, especialmente diante da influência do El Niño, que mantém o clima irregular.

Impactos regionais do ciclone extratropical sul-brasileiro

O ciclone extratropical sul-brasileiro impacta principalmente o Sul, mas reflexos também são sentidos no Mato Grosso do Sul e no sul de Minas Gerais. Segundo a Conab, a semeadura nacional de soja alcançou 47,1% da área planejada, porém o avanço no Sul segue abaixo da média devido ao excesso de umidade.

Em muitas lavouras, o solo encharcado dificulta a germinação das sementes e favorece doenças fúngicas. Por outro lado, áreas com déficit hídrico sofrem com o atraso da semeadura. Esse contraste reforça a importância da adaptação climática e do planejamento de safra com base em dados meteorológicos.

Riscos do ciclone extratropical sul-brasileiro para a soja

O ciclone extratropical sul-brasileiro traz riscos diretos à produtividade e ao custo da safra. Ventos fortes e tempestades com granizo já danificam estruturas agrícolas, enquanto o solo encharcado prejudica o uso de máquinas no campo. Além disso, a drenagem deficiente pode causar erosão e perda de nutrientes.

Fenômenos desse tipo exigem preparo logístico e financeiro. A adoção de seguro rural é uma das principais medidas de proteção contra perdas. O Ministério da Agricultura confirma que 22% das apólices emitidas neste ano cobrem danos por eventos meteorológicos extremos.

Estratégias de mitigação diante do ciclone extratropical sul-brasileiro

Para reduzir os efeitos do ciclone extratropical sul-brasileiro, agrônomos sugerem ajustar o calendário agrícola conforme janelas de clima mais estáveis. Também é recomendado o uso de sementes tolerantes à umidade, monitoramento climático em tempo real e práticas de manejo sustentável.

Além disso, cooperativas e associações do setor vêm investindo em tecnologia agrícola, como sensores de solo e sistemas de alerta via satélite. Essas ferramentas ajudam a evitar perdas e a prever eventos extremos com maior precisão, fortalecendo a gestão de riscos no campo.

O Inmet também reforça a importância de seguir alertas meteorológicos oficiais e evitar atividades rurais durante a ocorrência de tempestades severas.

Cenário climático e perspectiva de safra

Com a presença do El Niño, o ciclone extratropical sul-brasileiro faz parte de uma sequência de eventos climáticos mais severos no Cone Sul. Meteorologistas preveem chuvas acima da média até o fim do mês, o que pode atrasar o plantio e aumentar custos operacionais.

Ainda assim, a Conab mantém projeção de 162 milhões de toneladas para a produção de soja em 2026, caso o clima normalize até dezembro. O comportamento do mercado climático, no entanto, segue como principal fator de risco para o agronegócio brasileiro.

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