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Inflação no Japão supera meta e pressiona governo a equilibrar política monetária

A inflação no Japão atingiu 2,9% em setembro, superando a meta de 2% do Banco do Japão, gerando pressão sobre o governo. Após décadas de estabilidade de preços, o país enfrenta o desafio de controlar o aumento dos custos sem prejudicar o crescimento econômico. A primeira-ministra destaca a necessidade de equilibrar inflação controlada com aumentos salariais sustentáveis. Com a população envelhecendo e a demanda por bens essenciais crescente, o Japão busca ajustar suas políticas para evitar uma espiral inflacionária. Conheça as estratégias que o país planeja implementar.
Inflação no Japão, alta de 2,9% em 2025, pressiona governo e Banco do Japão
Inflação no Japão: taxa de 2,9% em setembro pressiona governo e Banco do Japão a equilibrar crescimento e estabilidade. (Imagem: Canva)

A inflação no Japão atingiu 2,9% em setembro, superando a meta de 2% do Banco do Japão (BOJ) e elevando a pressão sobre o governo de Sanae Takaichi. Por décadas, o país conviveu com estabilidade de preços e até deflação, mas agora enfrenta o desafio de conter a alta dos custos sem comprometer o crescimento. O cenário foi abordado pela primeira-ministra nesta segunda-feira (10/11), quando defendeu o compromisso com uma inflação saudável e aumentos salariais sustentáveis.

Durante a audiência na Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes, Takaichi reconheceu que a política monetária japonesa vive um momento de transição.

“O Banco do Japão deve avançar cuidadosamente com a normalização da política monetária com base em sua missão de estabilidade de preços”, afirmou.

A líder do governo japonês reiterou que cabe ao governo criar condições econômicas para sustentar o aumento de renda e o consumo interno.

Inflação no Japão e alta dos preços básicos

Desde 2022, a inflação tem permanecido acima da meta oficial de 2%, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços de alimentos e energia. O preço do arroz, por exemplo, quase dobrou entre 2024 e 2025, refletindo gargalos na oferta e oscilações cambiais. A situação gerou descontentamento popular e desgaste político para o Partido Liberal Democrata (LDP), que perdeu a maioria parlamentar em julho.

O governo japonês e o BOJ agora buscam calibrar medidas que evitem uma espiral inflacionária sem enfraquecer o ritmo de recuperação. Especialistas destacam que, após anos de deflação, a alta de preços precisa ser acompanhada por ganhos reais de salário e produtividade — caso contrário, o poder de compra tende a cair e o consumo interno, a desacelerar.

🎥 Veja no vídeo: Por que o Japão deixou de ser a 3ª maior economia do mundo — mas continua uma potência global:

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Demanda por bens e serviços essenciais

Conforme publicado primeiramente pelo portal Boa Notícia Brasil, o número de centenários no Japão alcançou o recorde de 99.763 pessoas em setembro de 2025, segundo dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do país. O avanço reflete o envelhecimento acelerado da população e amplia a demanda por bens e serviços essenciais, especialmente entre os grupos de menor renda.

Coordenação entre governo e Banco Central japonês

A política de normalização da política monetária japonesa
tem avançado de forma gradual. O governo aposta na cooperação com o Banco do Japão para alinhar políticas fiscais e monetárias e preservar a confiança dos mercados.

Para Takaichi, o equilíbrio entre inflação controlada e crescimento sustentável é fundamental para consolidar um novo ciclo econômico.

Desafios da política econômica japonesa

A trajetória da inflação no Japão expõe o dilema da política econômica japonesa: conter preços em alta sem sufocar o consumo. Caso consiga transformar a inflação atual em crescimento real sustentado por salários e produtividade, o Japão poderá finalmente romper o ciclo de estagnação e consolidar um modelo de desenvolvimento mais equilibrado.

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