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Agrava prejuízo da Casas Bahia no 3T25: juros pressionam resultado trimestral

No terceiro trimestre de 2025, as Casas Bahia registraram um prejuízo de R$ 496 milhões, um aumento de 34,4% em relação ao ano anterior, apesar do crescimento da receita líquida e EBITDA ajustado. A empresa enfrenta desafios entre eficiência operacional e alta dívida, que afeta seus resultados. Embora o e-commerce e marketplace cresçam, os juros elevados e o endividamento continuam a impactar negativamente seu desempenho. Confira detalhes na matéria:
prejuízo da Casas Bahia no 3T25 em loja da rede
Prejuízo da Casas Bahia no 3T25 ocorre mesmo com avanço operacional e pressão dos juros. (Foto: Divulgação)

O prejuízo da Casas Bahia no terceiro trimestre de 2025 (3T25), divulgado em 12/11, subiu para R$ 496 milhões, alta de 34,4% sobre um ano antes. A empresa cresceu em receita líquida, que atingiu R$ 6,868 bilhões, e elevou o EBITDA ajustado para R$ 587 milhões, mas o ganho operacional não foi suficiente para virar o resultado.

Na prática, o prejuízo da Casas Bahia é o resultado de um choque entre eficiência na operação e uma estrutura de capital ainda pesada. O GMV avançou 8,5%, o e-commerce cresceu 12,7% e o marketplace subiu 17,7%, porém o resultado financeiro negativo, próximo de R$ 1,1 bilhão, continuou sendo puxado pelo CDI mais alto e pelas dívidas caras, conforme relatórios de bancos e corretoras.

Prejuízo da Casas Bahia cresce apesar da melhora operacional

Do lado operacional, o resultado negativo da Casas Bahia convive com uma execução mais ajustada. O SG&A recuou 3,2% e passou a representar 22,5% da receita líquida, enquanto a margem EBITDA ajustada subiu para 8,5%, no oitavo trimestre seguido de avanço. Além disso, as lojas físicas registraram SSS de 7,8% e o GMV do canal físico cresceu 5,9%, sinalizando maior tração comercial no varejo brasileiro.

Leia Também: Novo controlador da Casas Bahia pode ser definido em agosto

Essa melhora, porém, é em grande parte consumida pelo custo da dívida. Análises de casas como XP e BB Investimentos destacam que a alavancagem ainda pesa sobre o balanço e que a conversão de cerca de R$ 1,6 bilhão em dívidas começou a aliviar o caixa apenas a partir de agosto. Nesse cenário, a empresa avança em margem operacional, mas ainda vê o resultado final permanecer negativo.

Juros e estrutura de capital mantêm o prejuízo da Casas Bahia

O principal fator que explica o desempenho deficitário da Casas Bahia é a combinação entre endividamento relevante e custo de capital elevado. O CDI médio mais alto encarece o financiamento do capital de giro, aumenta o peso das debêntures e dos FIDCs usados para sustentar o crediário e pressiona o fluxo de caixa financeiro, mesmo com geração de caixa livre positiva de R$ 488 milhões no trimestre.

Além disso, a margem bruta recuou para 30%, em linha com o maior peso de smartphones e do canal digital, segmentos de menor margem no varejo de bens duráveis. Isso reduz a folga operacional para absorver despesas financeiras volumosas. A situação do prejuízo da Casas Bahia também é impactado por anos de resultados fracos e forte queda da ação na B3, o que reforça a percepção de risco entre investidores e limita o espaço para um ajuste rápido da estrutura de capital.

Cenário adiante para a situação da da verejista

As contas no vermelho da Casas Bahia evidenciam que o juro alto continua sendo a variável mais sensível do setor. O Plano de Transformação amplia eficiência, reforça vendas e sustenta margens operacionais, mas a pressão financeira mantém limites claros para a conversão de ganhos em lucro, sobretudo em um varejo de bens duráveis dependente de capital, crédito e fôlego de caixa.

Nesse contexto, o prejuízo da Casas Bahia tende a persistir até que o custo de capital recue para níveis mais compatíveis com a dinâmica do setor. Analistas observam que um ciclo consistente de queda do CDI poderia destravar valor, fortalecer margens e reduzir o peso das dívidas indexadas. Até lá, a companhia seguirá testando sua capacidade de crescer em marketplace, e-commerce e crediário, fatores acompanhados de perto por investidores e consultorias especializadas.

Nesta tarde, às 16h35, as ações da Casas Bahia eram negociadas a R$ 3,31, registrando queda de 8,06%.

Confira os dados completos do resultado da Casas Bahia no terceiro trimestre de 2025 AQUI!

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