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Financiamento de veículos cresce 6,83% em outubro e atinge maior nível desde 2007, segundo B3

O financiamento de veículos somou 697 mil unidades em outubro, avanço de 6,83% ante 2024 e melhor resultado para o mês desde 2007, segundo a B3. No acumulado até outubro, foram 6 milhões de contratos, impulsionados sobretudo por seminovos e pelo forte crescimento das motos, que avançaram 16,7%. A distribuição regional mostra liderança do Sudeste, mas com aceleração relevante no Nordeste e no Norte. Já os preços seguem descolados: novos tiveram queda em outubro, enquanto usados com até cinco anos registraram leve alta, refletindo mudanças na demanda e no comportamento do mercado automotivo.
financiamento de veículos cresce em outubro segundo dados da B3
Dados da B3 apontam alta no financiamento de veículos e melhor desempenho para outubro desde 2007. (Foto: Reprodução)

O financiamento de veículos atingiu 697 mil unidades em outubro, alta de 6,83% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a B3. O resultado é o maior para o período desde 2007, quando a série registrou pouco mais de 709 mil contratos. Esse ritmo reforça a presença do crédito como sustentação das compras em um mercado que ajusta preços e amplia oferta.

No acumulado de janeiro a outubro, foram formalizados 6 milhões de financiamentos, avanço de 1% na comparação anual. Os seminovos dominaram o volume, com 3,8 milhões de unidades, enquanto os modelos novos somaram 2,2 milhões. O comportamento da demanda também se reflete no desempenho das motos, cujo financiamento cresceu 16,7% no período. Portanto, o melhor desempenho entre os modais acompanhados.

Financiamento de veículos avança com força regional e expansão das motos

A leitura regional dos dados da B3 mostra diferenças importantes na distribuição do crédito automotivo pelo país. Os números reforçam a liderança histórica do Sudeste, mas também revelam que o impulso recente vem de outras regiões.

  • Sudeste: concentrou 42,1% de todos os financiamentos realizados entre janeiro e outubro.
  • Sul: respondeu por 20% do total nacional no período.
  • Nordeste: apresentou o avanço mais forte, com crescimento de 11,6% em relação ao ano anterior.
  • Norte: também acelerou, registrando alta de 9,9% e ampliando sua relevância no financiamento de veículos

Essas regiões dão sustentação ao desempenho nacional e ampliam o alcance das operações registradas no Sistema Nacional de Gravames (SNG), base administrada pela B3 que consolida informações sobre restrições financeiras vinculadas a veículos usados como garantia.

Segundo Thiago Gaspar, superintendente de Relacionamento com Clientes e Relações Institucionais:

“o desempenho de outubro, o maior para o mês em 18 anos, reforça o dinamismo do setor automotivo”.

A avaliação acompanha a leitura de concessionárias e bancos, que veem estabilidade da procura no financiamento de veículos, mesmo com ajustes nos preços.

Leia também: Carros importados no Brasil avançam e quase compensam queda dos nacionais

O papel crescente dos seminovos

O crédito automotivo aparece com relevância especialmente entre seminovos. Esse segmento oferece variedade maior e valor residual considerado mais previsível por consultorias especializadas. A Tabela Auto B3 registrou queda média de 0,84% nos preços dos novos em outubro e recuo de 5,9% em 12 meses. Entre os usados com até cinco anos, houve alta de 0,96% no mês, embora ainda exista redução acumulada de 5,2% no ano.

Dinâmica futura do crédito automotivo

Para os próximos meses, a leitura de consultorias e casas de análise é de que juros em patamar mais baixo, combinados a preços mais estáveis, podem sustentar o ritmo do crédito automotivo no início de 2026. Caso especialmente visto em veículos seminovos e motos, segundo a B3.

Esse cenário, porém, seguirá dependente da evolução da renda das famílias, do mercado de trabalho e da disposição dos bancos em disputar clientes com prazos e condições mais competitivas. Em um ambiente em que o financiamento de veículos já recuperou o melhor outubro desde 2007, a forma como esses fatores vão se combinar tende a definir o espaço de crescimento do setor no curto prazo.

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