O projeto de melhorias no SUS, o Sistema Único de Saúde, ganhou forma nesta semana com o anúncio de uma rede nacional de hospitais e serviços inteligentes prevista para entrar em operação em 2026. O Ministério da Saúde estruturou o plano a partir de tecnologias como inteligência artificial, telemedicina e ambulâncias com conexão 5G, criando um modelo voltado a diagnósticos mais rápidos e acesso ampliado a especialistas.
Melhorias no SUS impulsionam hospital inteligente no HC-USP
A pasta informou ter solicitado R$ 1,7 bilhão ao Banco dos Brics para viabilizar a obra do novo instituto. A unidade será o primeiro hospital inteligente do País e terá 800 leitos, sendo 250 dedicados à emergência, 350 à UTI e 200 à enfermaria. Além disso, o plano de melhoria no SUS ainda contempla 25 salas cirúrgicas e atendimento estimado de 20 mil pacientes por ano.
A etapa estrutural do plano concentra intervenções simultâneas na rede hospitalar, combinando expansão física e uso de tecnologia avançada. Portanto, entre as ações previstas, temos:
- Implantação de 14 UTIs automatizadas distribuídas em 13 capitais brasileiras.
- Modernização de oito unidades hospitalares localizadas em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
- Integração dessas iniciativas ao programa Agora Tem Especialistas, que busca ampliar o atendimento em áreas com maior pressão assistencial.
- Construção do Instituto Tecnológico de Emergência no Hospital das Clínicas da USP, com início previsto para 2029.
Dentro da arquitetura tecnológica prevista, o hospital combinará triagem baseada em inteligência artificial, cirurgias robóticas, medicina de precisão e teleatendimento. Essas ferramentas ganharam espaço após estudos internos indicarem que o uso de IA e big data pode reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência, afirma o Ministério da Saúde. Enfim, esse conjunto de soluções reforça o objetivo de tornar o fluxo assistencial mais ágil e integrado nas melhorias do SUS.
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Modernização de unidades e UTIs inteligentes ampliam alcance
De acordo com a pasta de melhorias no SUS, a rede de 14 UTIs inteligentes funcionará em hospitais de:
- Belém,
- Belo Horizonte,
- Brasília,
- Curitiba,
- Dourados,
- Fortaleza,
- Manaus,
- Porto Alegre,
- Recife,
- Rio de Janeiro,
- Salvador,
- São Paulo,
- e Teresina.
O objetivo é padronizar rotinas críticas por meio de monitoramento em tempo real, apoio algorítmico e infraestrutura conectada. Logo, criando uma base nacional de alta complexidade.
Na frente de modernização, oito unidades serão atualizadas em parceria com instituições públicas como a Unifesp, o Grupo Hospitalar Conceição, a Fiocruz e a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Esses centros receberão adequações estruturais e tecnológicas para alinhar operações ao novo padrão digital. Além disso, as intervenções incluem reforço em salas de emergência, redes de conectividade e ambientes cirúrgicos.
Novo cenário para o atendimento público impulsionado por avanços no SUS
O avanço das melhorias no SUS cria um cenário em que o atendimento público poderá operar com ferramentas antes restritas a grandes centros privados. Esse redesenho, inclusive, implica atualização de equipes, integração de dados e gestão rigorosa de infraestrutura.
A incorporação de práticas de medicina avançada tende a reposicionar a rede pública, ao mesmo tempo em que pressiona por investimentos contínuos em tecnologia e formação profissional. Portanto, a aposta é que esse novo modelo consolide bases para um ciclo de inovação mais amplo dentro do sistema.











