As ações de tecnologia caminham para encerrar 2025 com cerca de US$ 75 bilhões em entradas, segundo a nota semanal do Bank of America (BofA) divulgada nesta sexta-feira (21/11). O setor mantém ritmo firme mesmo após o Nasdaq subir 14% até o fim de outubro e registrar queda de 2% na quinta-feira.
Ainda assim, fundos dedicados ao segmento receberam US$ 4,4 bilhões na semana encerrada na quarta-feira, sinalizando preferência clara por empresas ligadas à inteligência artificial e serviços digitais.
Ações de tecnologia e o contraste com outros fluxos
O relatório do BofA mostra que a tendência positiva das ações de tecnologia contrasta com o comportamento de criptoativos. Fundos ligados ao segmento tiveram saída de US$ 2,2 bilhões na semana, uma das maiores já registradas. O recuo coincidiu com quedas do bitcoin e do ether para mínimas de vários meses, reforçando a migração parcial de recursos para setores considerados mais consistentes no atual ambiente global.
Ao mesmo tempo, os Treasuries receberam US$ 8,8 bilhões, maior volume desde abril. A leitura do BofA é que parte do mercado busca proteção adicional diante de incertezas econômicas, enquanto outra fatia mantém alocação estratégica em ativos tecnológicos devido à expansão contínua da IA, computação de alto desempenho, arquiteturas de nuvem e serviços corporativos.
O que sustenta a demanda por ações de tecnologia
A combinação entre entradas robustas e resultados sólidos sugere que as ações de tecnologia seguem bem posicionadas na alocação global, especialmente entre investidores institucionais. Empresas de referência ampliaram receita em semicondutores, softwares corporativos e infraestrutura digital.
Além disso, o avanço em IA generativa, otimização de redes e soluções para grandes empresas reforça a presença do setor nas carteiras globais, mantendo vantagem competitiva. Entre os destaques mais recentes temos:
- Nvidia: registrou US$ 57 bilhões em receita trimestral, apoiada pela demanda crescente por chips avançados de inteligência artificial e pela expansão de data centers.
- Microsoft: ampliou a receita em nuvem com avanço consistente no Azure, que segue como um dos pilares de crescimento corporativo da empresa.
- Amazon: acelerou a performance da AWS, com expansão anual próxima de 20%, fortalecendo a posição da companhia no segmento de infraestrutura digital.
Esse conjunto de resultados sustenta o interesse global pelo setor e explica por que ativos tecnológicos permanecem entre os mais procurados pelos investidores institucionais.
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Dinâmica ampliada no setor tecnológico
O cenário mais recente indica que títulos tecnológicos devem continuar influenciando a composição dos portfólios para além de 2025. Impulsionados, inclusive, por inovação em IA, uso intensivo de dados e maior integração entre plataformas corporativas.
Conforme análises de mercado, a expansão prevista para grandes provedores de nuvem e semicondutores adiciona tração ao setor. Tudo isso enquanto oscilações no Nasdaq podem gerar ajustes táticos. Como resultado, as ações de tecnologia tendem a permanecer entre os vetores centrais de investimento global, moldando decisões de risco e estratégias de crescimento ao longo do próximo ano.











