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Ações da Novo Nordisk caem 12,4% após falha em testes de Alzheimer

As ações da Novo Nordisk caíram 12,4% após a farmacêutica confirmar que a formulação oral experimental da semaglutida, molécula presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, falhou em reduzir o declínio cognitivo em testes com mais de 3.500 pessoas com Alzheimer leve. O resultado levou ao cancelamento da extensão prevista dos estudos e ampliou a revisão de expectativas sobre o desempenho da empresa, que já enfrenta forte concorrência no mercado de obesidade. A Biogen subiu 6,7% com o reposicionamento dos investidores, enquanto a Eli Lilly recuou no pré-mercado.
Ações da Novo Nordisk caem após falha em estudo com semaglutida oral
Recuo reflete a reação do mercado ao desempenho da formulação oral da semaglutida nos testes de Alzheimer. (Foto: Divulgação/Novo Nordisk)

As ações da Novo Nordisk recuaram 12,4% nesta segunda-feira (24/11), depois que a companhia confirmou que a formulação oral da semaglutida, molécula presente nos produtos conhecidos comercialmente como Ozempic e Wegovy, não apresentou efeito clínico mensurável na progressão do Alzheimer.

A farmacêutica dinamarquesa encerrou a extensão prevista dos estudos, enquanto investidores reavaliaram o cenário competitivo que marca 2025.

Ações da Novo Nordisk e leitura do mercado

Os ensaios clínicos acompanharam mais de 3.500 pessoas com Alzheimer leve e buscavam medir redução modesta no declínio cognitivo. O Morgan Stanley, empresa de serviços financeiros, projetava possibilidade de até US$ 5 bilhões adicionais em receita anual caso a estratégia funcionasse, embora avaliasse 75% de probabilidade de insucesso.

Porém, o resultado fracassado levou à queda das ações da Novo Nordisk e impulsionou a valorização da empresa de biotecnologia americana, Biogen, que avançou 6,7% com o reposicionamento imediato dos portfólios globais.

O diretor científico Martin Holst Lange afirmou que a companhia tinha “responsabilidade por avaliar o potencial da semaglutida em novas indicações”. Além disso, destacou que alguns marcadores fisiológicos apresentaram melhora. Entretanto, o desempenho clínico não alcançou o limiar necessário para alterar o curso da doença.

Outros fatores que pesam no desempenho da Novo Nordisk

A queda de ações ocorre enquanto a disputa da Novo Nordisk no mercado de obesidade acelera. O Zepbound, da Eli Lilly, amplia presença e pressiona o desempenho da Novo Nordisk. Isso pois a farmacêutica agora enfrenta avaliações mais rígidas sobre a capacidade de diversificação do pipeline.

Especialistas indicam que os próximos meses tendem a concentrar novas leituras sobre estratégias de pesquisa, já que a volatilidade permanece elevada no setor.

Leia também: Guerra pela Metsera: Pfizer e Novo Nordisk batalham por mercado de emagrecimento

Panorama ampliado após queda de ações e próximos passos

O desfecho reacende debates sobre o alcance dos agonistas de GLP-1 e obriga o mercado a uma análise mais criteriosa das apostas científicas de alto risco. A depender da evolução dos programas clínicos, os papéis da Novo Nordisk podem acompanhar movimentos mais amplos do setor. Especialmente em áreas de neurodegeneração e obesidade.

Nesse contexto, as ações da Novo Nordisk seguem no centro das atenções do mercado, pois cada avanço regulatório, estudo complementar ou ajuste estratégico tem potencial de redefinir o ritmo da disputa entre as grandes farmacêuticas.

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