Um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Embraer no valor de US$200 mi (aproximadamente R$ 1,09 bilhão) foi aprovado nesta terça-feira (25/11). O intuito do empréstimo é garantir o ritmo de produção necessário da fabricante de aeronaves para a entrega de 77 a 85 jatos comerciais em 2025. A operação usa a linha Exim Pré-embarque, que custeia etapas industriais antes da exportação.
O crédito chega em um momento de atividade intensa no banco, que liberou R$ 101,9 bilhões entre janeiro e setembro, avanço de 17% sobre 2024. Para a Embraer, o suporte reduz pressões operacionais e oferece previsibilidade à cadeia de fornecedores, que depende de coordenação contínua para entrega de peças e sistemas altamente especializados.
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Financiamento do BNDES à Embraer garante fluxo industrial
O suporte preserva a etapa de pré-embarque, responsável por componentes, certificações e processos de integração que determinam o prazo final de entrega. Esse mecanismo ajuda a fabricante a cumprir contratos internacionais e sustenta a coordenação da cadeia de suprimentos, que envolve itens eletrônicos, estruturas metálicas e sistemas aeronáuticos especializados.
No que diz respeito ao financiamento do BNDES à Embraer, a instituição bancária reforça que a aviação reúne empregos qualificados e alta tecnologia. Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES:
“O país (Brasil) ocupa posição diferenciada ao integrar o grupo de nações capazes de projetar e fabricar aeronaves comerciais”
E esse argumento é que orienta o apoio do BNDS às exportações e ao fortalecimento da presença brasileira no mercado global.
Ampliação da capacidade produtiva é foco do novo crédito do BNDES à Embraer
A projeção de entregas mais altas em 2025 exige estrutura industrial robusta, e o crédito oferece base para execução desse plano. Além disso, a retomada da procura global por jatos regionais favorece a empresa, que vê seus modelos retomarem espaço entre operadores interessados em aeronaves eficientes. Esse ambiente reforça a necessidade de capital para manter escala sem comprometer qualidade e prazos.
Apesar dos números exorbitantes envolvidos, ambas as instituições trabalham sobre confiança de décadas. Isso porque a parceria entre Embraer e BNDES tem longa trajetória: desde 1997, o banco financiou US$ 26,3 bilhões, enviou 1.350 jatos ao exterior e fortaleceu a presença brasileira no mercado internacional.
Inclusive, a Embraer chegou a cancelar projeto de um turboélice este ano, mostrando o quão importante é a operação para desenvolvimentos de larga escala.
Dinâmica do setor exige crédito especializado
A aviação comercial passa por exigências tecnológicas crescentes e metas ambientais mais rígidas, o que pressiona custos e alonga processos de certificação. Nesse cenário, o financiamento do BNDES à Embraer garante estabilidade operacional, reduz oscilações na cadeia industrial e amplia a competitividade.
Portanto, consolidando o papel da indústria aeronáutica brasileira em nichos de manufatura avançada.











