A JBS e Grupo Viva formalizaram, na última terça-feira 25/11, a criação da JBS Viva, empresa que nasce com divisão acionária igual entre as duas companhias e reúne 31 fábricas distribuídas pelo Brasil e outros cinco países. A nova estrutura incorpora mais de 11 mil colaboradores e capacidade superior a 20 milhões de couros processados ao ano, escala industrial rara no setor. A operação foi aprovada pelo Conselho de Administração da JBS e firmada por meio de um memorando vinculante com a Vanz Holding e a Viposa.
A parceria avança porque a governança será compartilhada, permitindo que cada grupo contribua de forma complementar. Enquanto a JBS indicará o presidente do conselho e o Diretor financeiro (CFO), os acionistas do Grupo Viva nomearão o CEO e o Diretor de Operações (COO). Essa parceria JBS-Viva, segundo executivos, cria um arranjo que tenta equilibrar expertise industrial da JBS com a especialização técnica do Grupo Viva, mantendo alinhamento entre produção, escala e estratégia comercial.
JBS e Grupo Viva ampliam presença internacional
A nova companhia criada pela união entre JBS e Grupo Viva reúne fábricas espalhadas por:
- Itália,
- Uruguai,
- Argentina,
- México
- Vietnã,
- E Brasil.
Esse alcance internacional amplia o acesso a diferentes cadeias de fornecimento e diversifica carteiras de clientes nos segmentos automotivo, de moda e de mobiliário. O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, afirmou que a união “abre novas oportunidades para todos os mais de 7 mil colaboradores da JBS Couros” e combina “mais de 70 anos de experiência e reconhecimento internacional”.
Já para Guilherme Motta, líder da JBS Couros, o couro segue entre as áreas estratégicas da empresa, pois o coproduto bovino permite atender linhas industriais variadas. Ele lembrou que o material abastece desde calçados e bolsas até aplicações automotivas, reforçando a relevância da cadeia global de suprimento, sustentabilidade, rastreabilidade e oferta contínua.
Leia também: Resultado da JBS no 3T25: desempenho internacional impulsiona lucro de US$ 581 milhões
JBS e Grupo Viva unem escala e especialização
A aliança JBS-Viva também aproxima duas competências distintas: a estrutura logística e produtiva da JBS e a expertise do Grupo Viva em curtimento, acabamento e comercialização.
Segundo a direção, esse modelo oferece competitividade no fornecimento de couro premium. Além disso, aumenta a eficiência no processamento e melhora a relação com montadoras e marcas internacionais que exigem processos certificados, padronização e eficiência.
Expansão estrutural da joint venture
A joint venture JBS-Viva surge em um momento de reorganização global da indústria. Isso porque empresas buscam ampliar escala, reduzir custos operacionais e atender padrões ambientais mais rígidos. Tendências recentes mostram avanço da demanda em setores automotivo e têxtil, enquanto marcas internacionais pressionam por maior rastreabilidade, auditorias e qualidade constante.
Nesse cenário, a nova companhia tende a reforçar presença internacional e acelerar negociações com clientes de maior porte. Sobretudo em mercados que exigem origem certificada, tecnologia de acabamento e integração mais eficiente entre as etapas da cadeia.











