Lula liga para Trump nesta terça-feira (02/12) e reforça a cobrança pela retirada total da tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, após os Estados Unidos (EUA) anunciarem o alívio parcial. Na conversa de cerca de quarenta minutos, o presidente Lula classificou a medida como positiva, mas pediu o fim das sobretaxas que ainda atingem itens importantes do agronegócio.
A ligação durou cerca de quarenta minutos e foi descrita pelo Palácio do Planalto como objetiva, já que Lula reforçou a necessidade de restaurar as alíquotas tradicionais aplicadas antes do tarifaço. Como alternativa direta, o presidente destacou que taxas menos agressivas impulsionam competitividade, ampliam margens de exportação e aliviam pressões em cadeias ligadas a café, carne bovina, cacau e frutas, que vinham registrando encarecimento logístico.
Lula liga para Trump: tarifas e exportações em foco
O governo brasileiro lembrou que a redução anunciada no fim de novembro só ocorreu após o encontro entre Mauro Vieira e Marco Rubio, responsável por destravar as negociações. Assim, esse pano de fundo diplomático, segundo fontes do Planalto, indica que a restauração tarifária pode avançar por etapas. Setores de comércio exterior também monitoram barreiras alfandegárias, regras de origem e rotas de embarque.
Trump, por sua vez, disse ter plena disposição para tratar do tema em novas rodadas e considerou legítima a demanda brasileira por previsibilidade nas relações comerciais. Além disso, o presidente norte-americano afirmou que os EUA seguem revisando medidas impostas desde agosto. Esse período marcou o tarifaço, que gerou custos extras para diversos parceiros, incluindo países latino-americanos que dependem do mercado americano.
Lula liga para Trump: cooperação contra crime organizado
Outro trecho importante da conversa tratou de segurança pública. Lula defendeu reforço imediato da integração bilateral contra organizações criminosas internacionais. O argumento se apoia em operações recentes conduzidas pelo governo brasileiro para bloquear recursos financeiros de facções que atuam a partir do exterior. Para o Planalto, a troca de inteligência, o rastreamento de capital e a coordenação entre polícias federais ampliam a capacidade de resposta.
Trump concordou com essa pauta e afirmou que o tema exige ação conjunta. Para diplomatas brasileiros, essa sinalização abre espaço para projetos de cooperação técnica que envolvem sistemas de dados e rastreamento de cargas. O pacote também inclui análise de fluxos transfronteiriços. Além disso, prevê reforço em investigações sobre tráfico de armas. Esse tipo de crime afeta países da região e pressiona cadeias logísticas.
Novo rumo entre Brasil e EUA
A conversa reabre espaço para ajustes mais amplos na relação bilateral, enquanto exportadores acompanham efeitos da revisão tarifária. Especialistas em segurança também observam como o diálogo pode redefinir protocolos de cooperação. O cenário global segue marcado por disputas comerciais, e a disposição de Washington em revisar medidas impostas em agosto sugere transição rumo a normas alfandegárias mais equilibradas.
Para analistas de comércio exterior, a questão agora é medir como cada passo negociado entre os dois governos influencia preços e rotas. O impacto também alcança investimentos e a estratégia brasileira de inserção no mercado americano, eixo que ganha força após o momento em que Lula liga para Trump.











