A escalada da inadimplência de empresas em outubro ganhou novo peso, quando o Brasil atingiu 8 milhões de CNPJs negativados, segundo Serasa Experian e SPC Brasil. O avanço evidencia a pressão sobre o caixa corporativo em um ano marcado por juros elevados, crédito restrito e consumo enfraquecido, fatores que ampliam o risco para micro e pequenas empresas.
O salto não acontece isoladamente. A combinação de custos operacionais altos, menor liquidez e margens estreitas compromete a capacidade de planejamento financeiro, especialmente entre negócios que dependem de capital de giro. Assim, a gestão do fluxo de caixa passa a ser determinante para evitar a deterioração das contas. Nesse ambiente, cresce a busca por previsibilidade e controle, uma vez que a tomada de decisão baseada apenas em percepção tem elevado o endividamento empresarial.
O impacto aparece nos números que refletem o estresse financeiro ao longo de 2025:
- 8 milhões de empresas inadimplentes em outubro.
- 95% do total corresponde a micro e pequenas empresas.Recuperações judiciais avançaram 6,9% no 1º semestre.
- Pedidos de falência cresceram 18,9% no período.
- Dívidas empresariais somam R$ 169,8 bilhões.
Para Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, o problema não é o crédito em si, mas a falta de visibilidade: “Quando o empresário não controla contas a pagar e a receber, ele perde capacidade de planejar, e o crédito deixa de ser ferramenta de crescimento.”
Diante do avanço da inadimplência de empresas, 2025 exige maior eficiência operacional, digitalização de processos e integração de dados financeiros. Conforme os dados da Serasa, o objetivo é recuperar previsibilidade, conter riscos e impedir que o ciclo de endividamento avance sobre a sustentabilidade dos negócios.











