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BC aponta que brasileiros têm quase 10 bilhões esquecidos em bancos

O BC atualizou o sistema e identificou quase 10 bilhões esquecidos ainda parados em bancos e instituições financeiras, enquanto milhões de usuários seguem com saldos disponíveis para resgate.
Fachada do Banco Central, que registra quase 10 bilhões esquecidos em instituições financeiras
Banco Central informa que brasileiros têm quase 10 bilhões esquecidos em bancos e outras instituições. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (9) que brasileiros ainda têm quase 10 bilhões esquecidos em instituições financeiras, valor que aparece nos dados mais recentes como R$ 9,9 bilhões e se aproxima dos R$ 9,926 bilhões registrados em outubro. No total, 48,7 milhões de pessoas físicas seguem com saldos pendentes no Sistema de Valores a Receber (SVR).

A autoridade monetária também informou que 4,9 milhões de empresas possuem valores acumulados, totalizando R$ 2,2 bilhões. Paralelamente, foram devolvidos R$ 12,6 bilhões desde o início da ferramenta, incluindo R$ 9,3 bilhões transferidos a pessoas físicas e R$ 3,3 bilhões para empresas. A soma ilustra como o sistema ganhou escala, embora a maior parte dos montantes permaneça concentrada em faixas muito baixas de recursos.

Distribuição dos saldos e faixa com quase 10 bilhões esquecidos

Os dados indicam que aproximadamente 65% dos beneficiários têm quantias entre R$ 0,01 e R$ 10. Cerca de 23% registram valores de R$ 10,01 a R$ 100 e apenas 1,85% ultrapassam R$ 1.000. Essa estrutura revela um padrão fragmentado, porém persistente, reforçando características já observadas em atualizações anteriores do BC Como resultado, especialistas consideram que a amplitude da base de usuários mantém o serviço relevante para consultas recorrentes, embora o tíquete médio permaneça baixo. Nesse contexto, “montante parado” surge como sinônimo central no debate público.

Além disso, o BC divulgou recortes adicionais que mostram 34,2 milhões de pessoas com saldos em bancos, 8,5 milhões em administradoras de consórcios e 5,6 milhões em instituições de pagamento. A contagem considera usuários em mais de uma faixa, o que amplia a percepção sobre diferentes origens dos valores. Essa multiplicidade reforça a necessidade de verificação contínua, sobretudo entre perfis que utilizam com frequência serviços financeiros variados. Esse ponto sustenta o uso do termo alternativo “recursos esquecidos” no debate setorial.

Como acessar a ferramenta que reúne quase 10 bilhões esquecidos

O SVR segue como ambiente de consulta gratuita. Para entrar, o cidadão precisa de conta gov.br com selo prata ou ouro e verificação em duas etapas. Depois da autenticação, o usuário deve acessar o painel, aceitar o termo exibido e visualizar informações fornecidas pela instituição responsável pelo valor. O resgate ocorre via Pix, com prazo de até 12 dias. O procedimento é similar para empresas, embora a devolução automática não esteja habilitada para CNPJs. Esse funcionamento destaca o termo “valor pendente” como sinônimo recorrente.

Perspectivas sobre o avanço dos valores acumulados

O crescimento do estoque rotulado como quase 10 bilhões esquecidos tende a alimentar discussões sobre digitalização de serviços e atualização de cadastros, já que o sistema do BC virou referência para identificação de saldos dispersos. Esse cenário se conecta a projeções de consultores que avaliam como a consolidação de contas gov.br e o uso intensivo do Pix podem reduzir o acúmulo de valores parados ao longo dos próximos ciclos. Entretanto, analistas pontuam que o ritmo de devoluções depende da adesão dos usuários, mantendo o tema sensível para políticas de transparência do setor financeiro.

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