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Estelionatos e fraudes virtuais crescem no Brasil: entenda como são praticados

Os casos de estelionato e fraudes virtuais aumentaram 29,5% no Brasil em 2025. A engenharia social, com suporte de inteligência artificial, tornou-se mais sofisticada. Criminosos utilizam golpes de falsa central bancária para roubar informações pessoais. Proteja-se e saiba como agir em caso de ataque. Não deixe a desinformação comprometer sua segurança digital!
Número de estelionatos e fraudes virtuais na internet aumenta todos os anos, aponta Serasa Experian
Segundo Serasa, houve um aumento de 29,5% nos incidentes no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado (Foto: Reprodução)

Estelionatos e fraudes virtuais cresceram 29,5% no Brasil no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Serasa Experian, consolidando-se como uma das principais ameaças à segurança digital de pessoas e empresas. No período, foram registradas 6.397.832 tentativas, volume superior ao observado no mesmo intervalo de 2024.

Além do aumento no volume, a complexidade desses ataques também se intensificou, aprofundando a crise de confiança no ambiente digital. Falhas de segurança tecnológica e brechas na proteção de dados passaram a ser exploradas de forma sistemática por cibercriminosos para a prática de fraudes.

Como funcionam os estelionatos e fraudes virtuais

A evolução da tecnologia ampliou o acesso a um arsenal de ferramentas de cibersegurança, fundamentais no combate aos estelionatos e fraudes virtuais. Programas antivírus (anti malware), VPN para PC e celular, monitores de rastreadores e navegadores com recursos de privacidade virtual são alguns exemplos desses utilitários.

Essas práticas vêm sendo impulsionadas em escala e sofisticação pelo avanço da inteligência artificial (IA). Conhecer essas artimanhas é um passo inicial, embora não garantido, para moldar hábitos pessoais mais seguros no ambiente digital.

A engenharia digital é a obtenção de informações confidenciais de acesso de sistemas restritos justamente para fins de estelionatos e fraudes virtuais. Os meios usados para isso envolvem a manipulação emocional das vítimas em potencial, incluindo a exploração do senso de urgência, a preocupação, o medo e a ganância.

Os ataques de phishing, por exemplo, enquadram-se como engenharia social. Neles, temas atuais, promoções convidativas, anúncios falsos de produtos e comunicações imitando órgãos públicos e bancos são replicados de maneira realista como uma “isca” para as vítimas. 

Enviados por e-mail, redes sociais, SMS ou aplicativos de mensagem como WhatsApp, essas comunicações fraudulentas têm sido potencializadas pela IA por alguns motivos. Por um lado, a capacidade dos modelos de IA está maior em gerar texto imitando linguagens de diferentes serviços em diferentes contextos e em criar imagens realistas com grande velocidade.

Por outro lado, o disparo de mensagens e mesmo a possibilidade de programar agentes de IA interativos agiliza e barateia a operação de cibercriminosos, atingindo mais vítimas de maneira mais eficaz. 

Novos mecanismos, como imitações de voz realistas e fluídas, pioram ainda mais a perspectiva do cidadão comum, cada vez menos capaz de discernir realidade de manipulação.

Estelionatos e fraudes virtuais no sistema bancário: o golpe da falsa central

Um exemplo do grande desafio imposto por criminosos virtuais é o golpe da falsa central de banco. Fraudes bancárias são aplicadas há décadas sob diversas formas, mas os meios eletrônicos fortalecem a posição dos golpistas.

Tecnicamente, eles conseguem forjar a identificação de ligações e mensagens com ferramentas de “spoofing”, eliminando a barreira inicial de desconfiança do número desconhecido. As vozes virtuais realistas e o uso de dados verdadeiros, colhidos na internet, são outros meios de persuasão.

Tudo isso cria uma sensação de urgência, reforçada por falsos avisos de fraude ou de bloqueio de cartão. Os golpistas virtuais também induzem a vítima a instalar aplicativos maliciosos ou a confirmar e autorizar transações para terceiros. Em muitos casos, as vítimas acabam informando códigos recebidos por SMS, tokens e senhas pessoais. São dados que os bancos reiteradamente alertam que não solicitam por telefone, mensagem ou e-mail.

As pessoas atingidas por esses crimes de estelionatos e fraudes virtuais devem bloquear imediatamente cartões de crédito e senhas junto ao gerente real do banco ouno aplicativo oficial da instituição. Também devem anotar nomes, horários e capturar imagens da tela com as conversas e, se possível, áudios. Isso tudo serve para o registro de um boletim de ocorrência (BO) detalhado – que pode aumentar a chance de estorno e servir de prova em ação judicial.

Fraudes com uso de dados judiciais: o golpe do advogado falso

Outro exemplo recente de fraude foi denunciado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O caso combina a coleta de dados pessoais com o uso de tecnologias modernas na prática de estelionatos e fraudes virtuais. Nesse tipo de golpe do advogado falso, os criminosos entram em contato com as vítimas utilizando não apenas o nome completo e o CPF, mas também informações sobre supostos processos judiciais inexistentes.

Trata-se de um pretexto para estelionatários exigirem o pagamento de taxas judiciais fictícias, geralmente para a “liberação” de indenizações, precatórios ou outros valores a receber. Fazendo-se passar por advogados, os golpistas entram em contato por telefone ou aplicativos de mensagem. Assim como no golpe da falsa central de banco, usam o “spoofing” de identificador de chamadas. 

Parte das informações usadas em golpes de engenharia social pode ser verdadeira. Ligações e mensagens de texto podem trazer nome e CPF verdadeiros de suas vítimas, por exemplo. Isso contribui para a confiança no golpista.

Esse tipo de informação pode ser coletada legal ou ilegalmente. Muitas dessas informações infelizmente são acessíveis publicamente. Registros de microempreendedores individuais (MEI), por exemplo: cada empresa traz em seu título o nome completo e o CPF de seu proprietário.

Outras informações às vezes são “dadas” acidentalmente pelas próprias vítimas. Telefones compartilhados publicamente, fotos pessoais e check-ins em redes sociais acabam sendo acessados por estranhos. Nesse contexto, imagens da residência ou do ambiente de trabalho, quando divulgadas abertamente, também entram no radar de uso indevido. Portanto, essas informações devem permanecer privadas.

Há também a coleta ilegal de dados. Estelionatários e fraudadores virtuais compram com frequência grandes bases de informações vazadas de empresas, com milhares de clientes, em fóruns da deep web. Esses bancos de dados podem conter formulários de cadastro completos, muitas vezes incluindo informações sensíveis e, em alguns casos, até dados de pagamento.

Avanços contra os estelionatos e fraudes virtuais

Parte dessa coleta ilegal pode ser freada pelas vítimas em potencial, especialmente diante do avanço dos estelionatos e fraudes virtuais. Além disso, cresce no mercado a busca por soluções comerciais especializadas em proteção digital. Entre elas está a NordVPN, que atua com tecnologias focadas em privacidade e criptografia de dados, incluindo ferramentas de VPN para PC voltadas à navegação segura.

Esse cenário impõe ao Brasil um desafio que vai além da tecnologia, exigindo educação digital, regulação e maior vigilância sobre o uso de dados pessoais.

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