O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) avançou 0,24% na segunda quadrissemana de dezembro, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) nesta terça-feira (16/12). O resultado mostra perda de ritmo frente à leitura anterior, quando o índice marcou 0,26%, enquanto o acumulado em 12 meses permaneceu em 3,97%.
Ainda que o indicador tenha apresentado leve arrefecimento, a composição do índice revela que a pressão segue concentrada em serviços e preços administrados. Esse desenho reforça a leitura de inflação heterogênea no encerramento do ano, com alívios pontuais sendo compensados por segmentos específicos.
IPC-S: composição por grupos de despesa
Entre as oito classes que formam o índice, três reduziram suas taxas:
- Educação, Leitura e Recreação continuou como a principal contribuição individual, embora tenha desacelerado de 2,21% para 1,88%;
- Saúde e Cuidados Pessoais passou de 0,17% para 0,03%;
- Já Comunicação recuou de 0,10% para 0,06%.
Em sentido oposto, alguns grupos ganharam tração na comparação semanal. Entre eles:
- Transportes avançou de 0,10% para 0,18%, refletindo reajustes em serviços associados à mobilidade;
- Já Habitação teve leve alta, de 0,36% para 0,37%, mantendo o impacto de tarifas reguladas.
- Enquanto Vestuário e Alimentação permaneceram em terreno negativo, mas com deflações menos intensas.
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IPC-S: itens que puxaram altas e quedas
No recorte por produtos e serviços, a leitura do Índice de Preços ao Consumidor Semanal mostrou forte influência de itens específicos:
Altas:
- Passagem aérea (13,43%),
- Tarifa de eletricidade residencial (2,20%)
- e Aluguel residencial (0,54%).
Quedas:
- Tomate (-16,64%),
- Perfume (-5,18%) e
- Leite longa vida (-5,16%).
Esses dados indicam que, embora alimentos in natura sigam contribuindo para conter o índice, serviços e preços monitorados continuam exercendo pressão relevante no resultado agregado.
Leitura do índice no fechamento do ano
O comportamento recente do Índice de Preços ao Consumidor Semanal sugere que o encerramento de 2025 ocorre com variações mais contidas no curto prazo, porém sem dispersão ampla das pressões. A manutenção do acumulado em 12 meses abaixo de 4% convive com reajustes concentrados em serviços, padrão que costuma exigir atenção na leitura de tendências.
Nesse contexto, o IPC-S segue como termômetro sensível das oscilações imediatas de preços. A próxima divulgação, prevista para 23/12, ajudará a esclarecer se a desaceleração observada nesta leitura se consolida ou se reflete apenas em ajustes pontuais de fim de ano.
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