A mudança no serviço de telefone fixo Vivo, prevista para 31 de dezembro (31/12), não representa o fim do serviço. Apesar de manchetes alarmistas, o que ocorre é a migração do regime de concessão para o modelo de autorização no Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), sem impacto imediato para os consumidores.
Esse processo não surgiu agora. A Vivo anunciou a decisão ainda em dezembro de 2024, quando firmou acordo regulatório para adaptar o serviço ao novo modelo. Já a formalização ocorreu em abril de 2025, com a assinatura do termo que concluiu a transição jurídica. Desde então, a operadora vem comunicando ao mercado que o serviço de telefone fixo seguirá ativo, especialmente em regiões onde a Vivo atua como operadora de último recurso.
O aumento recente nas buscas por expressões como “Vivo encerra telefonia fixa” reflete interpretações equivocadas sobre essa mudança regulatória. Na prática, o serviço continua funcionando normalmente, sem cancelamentos automáticos ou desligamento de linhas a partir de 31/12.
Migração regulatória amplia flexibilidade, não elimina o serviço de telefone fixo da Vivo
No regime de concessão, o telefone fixo era tratado como serviço público, com obrigações rígidas e infraestrutura baseada, em grande parte, na antiga rede de cobre. Com a migração para autorização, o serviço de telefone fixo da Vivo passa a operar como serviço privado, o que permite maior flexibilidade operacional e tecnológica.
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A Vivo afirma que a mudança integra um plano de longo prazo para modernizar sua rede. Portanto, o objetivo inclui a substituição gradual do cobre por tecnologias mais eficientes, como fibra óptica e soluções digitais de voz, sem descontinuidade abrupta do serviço.
Entre os principais pontos desse processo, estão:
- Migração progressiva de clientes para novas tecnologias
- Manutenção do telefone fixo em áreas sem alternativas viáveis
- Atuação como operadora de último recurso até, pelo menos, 2028
- Investimentos com horizonte de execução entre 5 e 10 anos
Para o consumidor, o cenário permanece estável. O serviço de telefone fixo da Vivo não será desligado automaticamente, nem exige troca imediata de plano. Eventuais mudanças ocorrerão de forma gradual e comunicada, conforme a modernização da infraestrutura em cada região.
Nesse contexto, a migração regulatória reflete a adaptação do setor à queda estrutural do uso da telefonia fixa tradicional. Ainda assim, o telefone fixo da Vivo continua como parte do portfólio da operadora,sobretudo onde o serviço segue essencial.











