Os gastos de Natal no varejo devem enfrentar um consumidor mais seletivo em 2025. Segundo pesquisa nacional realizada pela PiniOn, solicitada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e divulgada nesta quarta-feira (17/12), 41,1% dos brasileiros afirmam que pretendem gastar menos com presentes do que em 2024.
A amostra ouviu 1.682 pessoas em todo o país. Do total, 45,6% dizem que ainda devem comprar presentes até o fim do ano. Por outro lado, o levantamento aponta comportamentos distintos entre os consumidores:
- 36,2% planejam ampliar o orçamento destinado às compras de Natal;
- 34,5% afirmam que não pretendem presentear;
- 19,8% permanecem indecisos, mantendo parte da demanda em aberto para o varejo.
Quando observada a estrutura de gastos no comércio, a maior parte dos consumidores concentra o orçamento em valores intermediários. Segundo o estudo, 66,3% pretendem gastar entre R$ 50 e R$ 600 com presentes, faixa considerada estratégica para o varejo.
Gastos de Natal no varejo e escolha de canais
A pesquisa também aponta preferência clara por lojas físicas. Entre os entrevistados, 48,1% indicam intenção de realizar compras presenciais, enquanto 46,5% citam grandes redes varejistas como principal destino.
Esse comportamento sugere impacto direto sobre tráfego em loja, gestão de estoques e políticas promocionais. Para o setor, o dado reforça a relevância do ponto de venda físico no período mais importante do calendário comercial.
Categorias mais procuradas
No recorte por categoria, vestuário, calçados e acessórios lideram as intenções de compra, com 45,5%. Quando somados a joias, bijuterias e perfumes, esses itens concentram 83,1% das escolhas dos consumidores.
Além disso, a concentração indica menor dispersão do consumo e maior disputa por preço, mix e visibilidade dentro desses segmentos. Para empresas do setor, a leitura dos gastos de Natal no varejo passa a exigir ajustes finos em sortimento e margens.
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Desembolso natalino no comércio e leitura econômica
Do ponto de vista econômico, a coexistência entre consumidores dispostos a reduzir despesas e outros que planejam gastar mais aponta um mercado fragmentado. Para a ACSP, esse padrão tende a exigir maior precisão nas estratégias de preço, sortimento e campanhas do varejo ao longo do período natalino.
Portanto, o padrão observado sugere que os gastos de Natal no varejo devem depender menos de volume amplo e mais de eficiência operacional, segmentação de público e controle de custos, em um cenário ainda marcado por cautela do consumidor.











