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Inflação nos EUA desacelera abaixo do esperado e pressiona Treasuries

A inflação nos EUA caiu para 2,7% em novembro, abaixo do esperado pelo mercado. O dado pressionou os rendimentos dos Treasuries, reforçou apostas sobre juros mais baixos e manteve o índice como fator-chave para as próximas decisões do Fed. Leia a matéria completa e saiba mais.
Inflação nos EUA desacelera para 2,7% em novembro
Inflação nos EUA medida pelo PCE em 2,7% em novembro, abaixo do esperado, com impacto direto nos Treasuries. (Foto: Reprodução)

A inflação nos EUA desacelerou para 2,7% em novembro, abaixo da expectativa de 3,1% de economistas e inferior ao avanço de 3% registrado em setembro. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18/12) pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho e tiveram efeito imediato sobre os mercados financeiros, especialmente nos títulos públicos de curto prazo.

O resultado ganha peso adicional porque chega após a paralisação do governo federal que durou 43 dias, a mais longa da história dos Estados Unidos. O impasse atrasou a divulgação de diversos indicadores oficiais, incluindo o índice de preços PCE de outubro, aumentando a atenção do mercado para o dado de novembro.

Inflação nos EUA: leitura de índices e reação do mercado

Além da inflação cheia, o relatório mostrou desaceleração também no núcleo do índice. A inflação subjacente (que exclui alimentos e energia nos EUA) ficou em 2,6%, sinalizando perda de pressão inflacionária para além dos itens mais voláteis. A resposta do mercado foi imediata, com queda nos rendimentos dos Treasuries.

Principais números do relatório:

  • PCE (índice anual de preços ao consumidor) anual: 2,7% em novembro, indicando desaceleração da inflação nos EUA, medida pelo índice usado como referência pelo Federal Reserve (Fed).
  • Expectativa do mercado: 3,1%, segundo o consenso de economistas, o que coloca o dado efetivo abaixo do projetado.
  • PCE em setembro: 3%, patamar que serve como base de comparação direta para a leitura mais fraca observada em novembro.
  • Inflação subjacente: 2,6%, nível que exclui alimentos e energia e sugere alívio mais amplo das pressões de preços.
  • Treasury de 2 anos: 3,45%, após queda de 0,03 ponto percentual, refletindo ajuste nas apostas sobre a trajetória dos juros de curto prazo.

O movimento observado na inflação dos EUA ocorre poucos dias depois da Fed ter reduzido a taxa básica em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,5% a 3,75% ao ano, o menor nível em três anos. Os dirigentes do comitê se dividiram na decisão, enquanto membros sem direito a voto alertaram para os riscos de cortes acelerados.

Ao mesmo tempo, dados divulgados nesta semana mostraram que o desemprego nos EUA atingiu o maior nível em quatro anos. Logo, em meio a críticas do presidente Donald Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell (cujo mandato termina em maio de 2026), a inflação nos EUA permanece como variável central para as próximas decisões de política monetária americanas.

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