A Blue Origin, empresa aeroespacial fundada por Jeff Bezos, realiza neste sábado (20/12) um voo suborbital turístico que amplia o escopo do turismo espacial privado. A companhia levará ao espaço, pela primeira vez, uma pessoa que utiliza cadeira de rodas, em mais uma missão do foguete reutilizável New Shepard. A decolagem ocorreu por volta das 11h15 (horário de Brasília), com transmissão ao vivo nos canais oficiais da empresa.
A atual operação da Blue Origin integra a missão NS-37 e terá como uma das passageiras a engenheira aeroespacial e mecatrônica Michaela Benthaus, da Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA). Em 2018, após um acidente de mountain bike, Benthaus sofreu uma lesão na medula espinhal e perdeu os movimentos das pernas. Ainda assim, manteve atuação técnica no setor espacial e participou, nos anos seguintes, de voos parabólicos e missões análogas com simulação de rotinas astronautas.
Blue Origin e a estratégia no turismo espacial suborbital
Nesse cenário, a Blue Origin utiliza o New Shepard como plataforma central de sua operação de turismo espacial. O sistema é composto por um propulsor reutilizável e uma cápsula de passageiros, projetados para voos suborbitais de curta duração. Após a decolagem, a cápsula se separa do foguete, ultrapassa a Linha de Kármán (a 100 quilômetros de altitude) e retorna à Terra com pouso assistido por paraquedas no deserto do Texas.
Cada missão dura cerca de 11 minutos, com aproximadamente quatro minutos de ausência de peso. Desde o início das operações tripuladas, a Blue Origin já levou 86 pessoas ao espaço, algumas delas em mais de uma missão, consolidando o New Shepard como um dos principais veículos do segmento suborbital.
Leia também: Demissões na Blue Origin: entenda a nova fase da empresa
O lançamento da NS-37 estava inicialmente previsto para quinta-feira (18/12), mas a empresa adiou a tentativa devido a ventos em alta altitude. Em seguida, a Blue Origin suspendeu o voo após identificar um problema técnico durante verificações integradas pré-lançamento, optando por reagendar a missão.
Ao ampliar o perfil de passageiros e manter a cadência de voos, a Blue Origin reforça a estratégia da empresa no turismo espacial comercial. Como sempre, focada em reutilização de sistemas, segurança operacional e ampliação gradual do acesso a missões suborbitais.











