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Com juros elevados, pedidos de recuperação judicial no Brasil passam de 5,2 mil em 2025

Os pedidos de recuperação judicial no Brasil superaram 5,2 mil no terceiro trimestre de 2025, após mais de um ano de juros elevados. Desde a retomada da alta da Selic em setembro de 2024, o total de empresas nessa condição avançou cerca de 20%, segundo dados da Receita Federal compilados pelo Monitor RGF. São Paulo lidera em número absoluto de casos, seguido por Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais, refletindo a maior exposição dessas economias ao crédito em um ambiente de taxa básica em 15% ao ano. Continue lendo e saiba mais.
Pedidos de recuperação judicial no Brasil em ambiente de juros elevados
Pedidos de recuperação judicial aumentam no país após ciclo prolongado de juros altos. (Foto: Reprodução)

O número de pedidos de recuperação judicial no Brasil superou 5,2 mil no terceiro trimestre de 2025, após mais de um ano de juros em alta no país. Desde que o Banco Central retomou o ciclo de elevação da Selic em 2024, o total de empresas nessa condição avançou cerca de 20%, segundo dados da Receita Federal compilados pelo Monitor RGF.

O dado reflete um período em que a taxa básica de juros saiu de 10,50% ao ano e alcançou 15%, nível não observado desde 2006. Ao longo desse intervalo, o encarecimento do crédito alterou o custo financeiro das empresas, pressionando o caixa e reduzindo espaço para rolagem de dívidas, especialmente em companhias com maior dependência de financiamentos bancários.

Pedidos de recuperação judicial e política monetária

A evolução dos pedidos de recuperação judicial acompanha a fase mais restritiva da política monetária. Analistas do mercado de crédito costumam apontar que juros elevados afetam tanto o capital de giro quanto investimentos, ao mesmo tempo em que reduzem a margem para renegociações privadas. Nesse cenário, a recuperação judicial passa a ser usada como instrumento legal para reorganizar passivos e preservar operações.

Os números mostram essa trajetória. No terceiro trimestre de 2024, havia 4.223 empresas em recuperação judicial. Um ano depois, esse contingente chegou a 5.285. O Monitor RGF ressalta que o indicador considera apenas matrizes empresariais, excluindo microempresas, filiais e naturezas jurídicas fora da categoria de entidades empresariais.

Distribuição regional dos pedidos de recuperação judicial

A distribuição regional dos pedidos de recuperação judicial mostra forte concentração nos estados com maior atividade econômica e maior uso de crédito empresarial. Em números absolutos, o quadro é o seguinte:

  • São Paulo: possui cerca de 1,67 mil empresas em recuperação judicial
  • Rio Grande do Sul: aproximadamente 500 empresas entraram com o pedido
  • Paraná: em torno de 400 empresas
  • Rio de Janeiro: cerca de 390 empresas
  • Minas Gerais: aproximadamente 370 empresas

Logo, a concentração nesses estados acompanha o peso de suas cadeias produtivas e a maior exposição ao crédito bancário, o que amplia os efeitos do ambiente de juros elevados sobre o caixa corporativo.

Desde junho de 2023, a RGF & Associados acompanha uma base próxima de 2,1 milhões de empresas ativas, de pequeno, médio e grande porte. Dentro desse universo, o aumento das solicitações de recuperação judicial funciona como termômetro de estresse financeiro, ainda que não represente, por si só, encerramento das atividades.

Leia também: Selic em 2026 pode iniciar cortes só em março após ata do Copom

Leitura ampliada sobre o cenário no país

O avanço dos pedidos de recuperação judicial ocorre enquanto o mercado avalia a duração do atual patamar de juros. Especialistas em reestruturação avaliam que, caso a Selic permaneça elevada por um período prolongado, empresas com balanços mais frágeis podem continuar recorrendo a processos de recuperação judicial. Por outro lado, uma eventual flexibilização da política monetária tende a aliviar despesas financeiras e reduzir a pressão sobre o caixa corporativo. O que pode alterar gradualmente esse quadro ao longo do tempo.

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