O magnata Bernard Tapien, nascido em Paris em 1943, iniciou sua carreira vendendo televisores e atuando como crooner. Aos 30 anos, já tinha feito fortuna, destacando-se também no jornalismo com La Provence e no esporte com La Vie Claire.
Tapie no Esporte e na Política
Proprietário do Olympique de Marseille de 1986 a 1994, Tapie liderou o clube à glória na Liga dos Campeões. Na política, foi deputado independente em 1989 e ministro no governo de François Mitterrand, reeleito em 1993 pelo Mouvement des Radicaux de Gauche.
A Controversa Compra da Adidas
Em 1989, Bernard Tapie, que era especialista em recuperar empresas falidas, comprou a Adidas por € 243 milhões, transferindo sua produção para a Ásia. Em 1992, incapaz de pagar os juros do empréstimo, Tapie solicitou ao Crédit Lyonnais a venda da Adidas. Contudo, contrariando as leis francesas, o banco adquiriu a empresa para si. Como Tapie era Ministro de Assuntos Urbanos na época, presume-se que o banco tentou ajudá-lo. Posteriormente, sentindo-se prejudicado pela venda, Tapie processou o banco. Em fevereiro de 1993, o Crédit Lyonnais vendeu a Adidas para Robert Louis-Dreyfus, conhecido de Tapie e indicado como novo presidente da empresa.
Queda e Condenações
A aérie sobre Bernard Tapie retrata sua vida que foi marcada por altos e baixos, culminando em sua falência em 1994 e prisão em 1997 por manipulação de resultados no futebol.
A Série da Netflix e as Reações
“A Mil Vidas de Bernard Tapie”, lançada pela Netflix apesar das objeções da família de Tapie, é estrelada por Laurent Lafitte. A série narra a trajetória de Tapie, desde sua ascensão até sua queda, cobrindo acontecimentos desde 1966 até sua prisão em 1997. Tapie opôs-se à série antes de sua morte em 2021, enquanto sua viúva, Dominique, expressou preferência por uma narrativa familiar.
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