A alta do dólar levou a cotação a R$ 5,584 no pregão desta segunda-feira (22/12) com avanço de 0,99% e sétima valorização consecutiva frente ao real. O nível é o mais elevado desde 30 de julho e reforça o cenário de cautela nos mercados.
Alta do dolar: mercado financeiro reage a câmbio pressionado
Esse movimento refletiu, sobretudo, remessas de juros e dividendos ao exterior, além do aumento da percepção de risco no ambiente doméstico. Nesse cenário, o Ibovespa, principal índice da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), recuou 0,21% e fechou aos 158.141,65 pontos. O histórico recente pesa: em 5 de dezembro, o índice caiu 4,31% após o anúncio de uma pré-candidatura presidencial, no maior tombo diário desde fevereiro de 2021.
Leia também: Arrecadação federal em 2026 incorpora alta de impostos sobre fintechs e bets
Expectativas de inflação e contraste fiscal
Por outro lado, houve leve ajuste nas expectativas de inflação. O mercado reduziu a projeção do IPCA de 2025 de 4,36% para 4,33%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. Já as instituições não financeiras passaram a estimar inflação de 4,5%, conforme a pesquisa Firmus. Ainda assim, o índice segue acima do centro da meta, de 3%.
No campo fiscal, os números caminham em direção oposta ao humor do mercado. A arrecadação federal de novembro alcançou R$ 226,75 bilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 1995, com alta real de 3,75% sobre 2024. O IOF somou R$ 8,6 bilhões, avanço real de 39,95% no ano.
Assim, a alta do dólar evidencia o contraste entre câmbio pressionado e receita pública recorde, mantendo o mercado em alerta.











