As franquias da Disney recolocaram o estúdio no topo do cinema global em 2025. Ao longo do ano, a empresa superou US$ 6 bilhões em bilheteria. Com isso, alcançou seu melhor desempenho desde 2019, sustentado quase integralmente por marcas já conhecidas do público.
Além disso, o resultado ficou acima de 2024, quando a Disney somou US$ 5,46 bilhões em vendas de ingressos. Esse avanço ocorre em um cenário ainda adverso. O mercado de cinema não retomou plenamente os níveis pré-pandemia. Por isso, o desempenho do estúdio se destaca no setor.
Franquias da Disney como eixo da estratégia
Nesse contexto, o peso das franquias da Disney aparece de forma direta entre as maiores arrecadações do ano. O remake em live action de “Lilo & Stitch” superou US$ 1,03 bilhão após estrear em maio. Na mesma linha, “Zootopia 2” ultrapassou US$ 1 bilhão logo no início de dezembro.
No caso de “Zootopia 2”, o impulso veio principalmente do mercado internacional. Segundo o Box Office Mojo, o filme acumulou cerca de US$ 993 milhões fora dos Estados Unidos. Desse total, aproximadamente US$ 539 milhões vieram apenas da China. Esse desempenho reforça a dependência crescente das grandes franquias em relação ao público externo.
Assim, o estúdio confirma uma diretriz adotada nos últimos anos. A estratégia prioriza reduzir apostas inéditas. Em paralelo, concentra recursos em propriedades intelectuais já testadas, com alcance global e retorno mais previsível.
Franquias da Disney e o efeito Avatar
Outro pilar das franquias da Disney em 2025 é “Avatar: Fogo e Cinzas”. Até a quarta-feira (24), o filme havia superado US$ 450 milhões em bilheteria global. Além disso, entrou no período de festas de fim de ano, tradicionalmente um dos mais fortes para os cinemas.
A estreia na América do Norte arrecadou US$ 89 milhões no primeiro fim de semana. O valor ficou abaixo da abertura de “Avatar: O Caminho da Água”, que somou US$ 134,1 milhões em 2022. Ainda assim, a comparação histórica favorece a franquia. Os filmes da série costumam manter vendas prolongadas após a estreia. O primeiro “Avatar”, lançado em 2009, arrecadou US$ 2,7 bilhões em sua exibição original.
Modelo baseado em marcas globais
O desempenho das franquias da Disney em 2025 reforça um modelo construído ao longo da década passada. Esse caminho ganhou força após a aquisição da Marvel Studios, em 2015. Entre 2016 e 2019, o estúdio superou US$ 6 bilhões em bilheteria em cinco ocasiões, apoiado em universos como Marvel, Star Wars e Avatar.
Embora o setor ainda enfrente desafios estruturais, como a redução do público para filmes médios, o ano deixa uma leitura clara. Grandes marcas seguem capazes de atrair audiência em escala mundial. Para a Disney, a bilheteria recente indica que a força de suas franquias permanece como o principal pilar de sustentação em um mercado cada vez mais seletivo.











