Os dividendos da CMIN3 ganharam destaque após a CSN Mineração aprovar a distribuição de R$ 423,7 milhões em proventos aos acionistas. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração na sexta-feira (26/12) e envolve a antecipação do dividendo mínimo obrigatório, combinando dividendos intermediários e juros sobre o capital próprio (JCP).
Do total aprovado, R$ 259,7 milhões serão pagos na forma de dividendos intermediários, provenientes da reserva de lucros. Esse montante equivale a R$ 0,047811 por ação, valor isento de imposto de renda para os acionistas, conforme a legislação vigente.
Além disso, a companhia autorizou o pagamento de R$ 164 milhões em JCP, calculados sobre o lucro apurado até 30 de novembro de 2025. Nesse caso, o valor corresponde a R$ 0,03019 por ação, sujeito à incidência de 15% de imposto de renda na fonte para a maior parte dos investidores.
Dividendos da CMIN3 e as datas que o investidor precisa acompanhar
Segundo o comunicado da empresa, terão direito aos dividendos da CMIN3 os acionistas com posição registrada até 2 de janeiro de 2026. A partir de 5 de janeiro de 2026, as ações passarão a ser negociadas na condição ex-dividendos e ex-direitos na B3.
O pagamento dos proventos será realizado até 31 de dezembro de 2026, conforme definição da administração da companhia. Não haverá correção monetária nem incidência de juros entre a data de aprovação e a efetiva quitação, o que torna o cronograma flexível, porém com prazo estendido.
As ações da CSN Mineração são escrituradas no Banco Bradesco, responsável pelo processamento dos pagamentos. A empresa recomenda que acionistas mantenham seus dados cadastrais atualizados para evitar atrasos no crédito dos valores.
Dividendos da CMIN3 e a leitura estratégica do mercado
A distribuição aprovada reforça a estratégia da CSN Mineração de remunerar o acionista mesmo em um ambiente de maior cautela no setor de commodities. A antecipação do dividendo mínimo obrigatório indica geração de caixa suficiente para sustentar proventos, ainda que parte relevante seja feita via JCP.
Para investidores focados em renda, os proventos da CMIN3 ampliam a previsibilidade do retorno, embora o prazo longo para pagamento seja um ponto de atenção. Além disso, valores não reclamados no período de três anos prescrevem e retornam à companhia, conforme previsto em lei.
Remuneração ao acionista como eixo da tese
No contexto atual, os dividendos da CMIN3 funcionam como um sinal de disciplina financeira e compromisso com o retorno ao investidor. A continuidade dessa política dependerá do desempenho operacional e das condições do mercado de minério, mas a decisão aprovada mantém a ação no radar de quem busca fluxo de caixa no médio e longo prazo.











