A exportação de frango do Brasil voltou a operar sem restrições após o Canadá anunciar a reabertura de seu mercado ao produto nacional. A decisão encerra o ciclo de medidas sanitárias adotadas por parceiros comerciais depois da identificação de um caso isolado de influenza aviária em uma granja no Rio Grande do Sul, em maio.
O comunicado foi direcionado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e confirmado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo a entidade, a liberação canadense elimina as últimas barreiras ainda vigentes contra o frango brasileiro, restabelecendo plenamente os embarques de frango brasileiro para o exterior.
Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o desfecho reflete a condução técnica do episódio sanitário. Ele avaliou que a resposta brasileira combinou transparência, rastreabilidade e coordenação institucional, preservando a confiança de importadores estratégicos nas vendas externas de frango.
Exportação de frango do Brasil e articulação institucional
Santin também atribuiu o resultado à atuação direta do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e dos secretários Luís Rua e Carlos Goulart. Segundo ele, o diálogo com autoridades estrangeiras e o setor produtivo sustentou a retomada da exportação de frango do Brasil.
O episódio ocorre em um contexto de maior sensibilidade sanitária no comércio internacional de proteínas animais. Países importadores têm ampliado protocolos e exigências, o que torna a gestão de ocorrências pontuais determinante para evitar interrupções prolongadas na cadeia de suprimentos.
Diplomacia sanitária e resposta do governo brasileiro
No mesmo dia do anúncio canadense, o governo do Japão confirmou ao Mapa que realizará uma auditoria no sistema sanitário brasileiro de carne bovina, etapa relevante no processo de abertura daquele mercado. Embora trate de outra proteína, a iniciativa reforça o ambiente de credibilidade que também sustenta a exportação de frango do Brasil.
Técnicos do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão conduzirão a missão, com foco na avaliação de riscos, sem inspeções diretas em frigoríficos. Segundo Luís Rua, a auditoria integra o protocolo sanitário bilateral atualmente em negociação entre os dois países.
Comércio externo de frango e estratégia sanitária
O avanço japonês ocorre após o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, condição exigida para o aprofundamento das tratativas. O Japão é considerado pelo governo brasileiro um destino de alto valor agregado, conhecido por padrões sanitários rigorosos e forte poder de compra.
Nesse cenário, a exportação de frango do Brasil se beneficia de um ambiente externo mais previsível, no qual resposta técnica rápida e diplomacia sanitária caminham juntas. A consolidação desse modelo tende a reduzir riscos comerciais e a fortalecer a presença brasileira em mercados exigentes ao longo de 2026.











