A greve na Petrobras chegou ao fim nesta quarta-feira (31/12), após a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) anunciar a aceitação da contraproposta apresentada pela estatal. A paralisação durou 16 dias e envolveu sindicatos que ainda mantinham atividades suspensas em áreas estratégicas da companhia.
O acordo encerrou um impasse que já havia sido parcialmente solucionado um dia antes, quando a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) aceitaram os termos propostos. A adesão final da FNP permitiu a normalização completa das atividades sindicais.
Apesar da abrangência da mobilização, a Petrobras afirmou que a greve na Petrobras não provocou efeitos sobre a produção nem comprometeu o abastecimento do mercado. A estatal destacou que manteve suas operações dentro dos parâmetros planejados, inclusive em unidades sensíveis.
Greve na Petrobras e áreas estratégicas
Entre os polos afetados pela paralisação esteve a Bacia de Santos, região que concentra a maior parte da produção de petróleo e gás natural do país. Mesmo com a presença de trabalhadores em greve na área, a empresa reiterou que não houve interrupções operacionais.
O conflito teve origem em divergências relacionadas ao déficit do fundo de pensão da companhia e a mudanças propostas na remuneração dos empregados. Esses pontos permaneceram no centro das negociações entre a estatal e as entidades representativas.
Greve na Petrobras expõe divergências internas
Em nota, a FNP afirmou que a paralisação extrapolou pautas salariais e refletiu um debate mais amplo sobre a condução da empresa. Segundo a federação, o embate envolveu questionamentos sobre a prioridade dada à política de dividendos frente às condições previstas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A Petrobras, por sua vez, confirmou o encerramento da greve na Petrobras após a adesão de todos os sindicatos à proposta, mas não detalhou os termos do acordo firmado. A companhia limitou-se a reforçar a continuidade operacional.
Desdobramentos do acordo na estatal
O fim da paralisação reduz incertezas no curto prazo e sinaliza maior previsibilidade nas relações trabalhistas da Petrobras. Em um cenário de atenção do mercado à governança e à estabilidade operacional, analistas acompanham o desfecho da greve na Petrobras como um teste da capacidade da companhia de administrar tensões internas sem afetar seus ativos estratégicos.











