Os preços do petróleo avançam nesta quarta-feira (31), mas caminham para encerrar 2025 com uma queda superior a 15%, pressionados pelo excesso de oferta global. O ano foi marcado por guerras, tarifas mais altas, aumento da produção da Opep+ e sanções contra Rússia, Irã e Venezuela, fatores que pesaram sobre o mercado energético.
Nesse cenário, o petróleo Brent registra um recuo anual acima de 17%, o pior desempenho desde 2020, além de seguir para o terceiro ano consecutivo de perdas. Já o petróleo norte-americano WTI acumula desvalorização próxima de 19% em 2025. Assim, apesar do avanço pontual no pregão, o balanço do ano permanece negativo para os dois principais contratos de referência.
Preços do petróleo acumulam as maiores quedas desde 2020
Os dados mostram que, nesta quarta-feira, o Brent subia 0,46%, negociado a US$ 61,61 por barril, enquanto o WTI avançava 0,48%, a US$ 58,23. Segundo a LSEG, os preços médios de 2025 para ambos são os mais baixos desde 2020. Além disso, os estoques de petróleo bruto e combustíveis dos Estados Unidos cresceram na semana passada, de acordo com números do American Petroleum Institute.
Nesse ambiente, o analista Jason Ying, do BNP Paribas, avalia que o Brent pode cair para US$ 55 por barril no primeiro trimestre, antes de se recuperar para US$ 60 ao longo de 2026. Para ele, a oferta dos produtores de xisto dos EUA tende a permanecer estável, tornando os preços do petróleo menos sensíveis a oscilações no curto prazo.
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