A valorização da prata marcou 2025 como um dos episódios mais intensos da história recente das commodities metálicas. Ao longo do ano, o metal acumulou alta próxima de 161%, superando a marca inédita de US$ 80 por onça e deixando o desempenho do ouro em segundo plano, segundo dados consolidados de mercado internacional.
Esse resultado colocou a prata à frente de outros ativos tradicionais. No mesmo intervalo, o ouro avançou cerca de 70%, mesmo renovando recordes nominais impulsionados por riscos econômicos e geopolíticos. Já o cobre, referência entre os metais industriais, registrou ganho em torno de 44% em 2025 e atingiu máxima histórica de US$ 12.960 por tonelada na London Metal Exchange (LME).
Valorização da prata e o contraste com outros metais
A diferença entre a valorização da prata e a de outros metais ajuda a explicar por que 2025 se destacou. Enquanto o ouro manteve sua função de proteção financeira, a prata combinou essa característica com uma demanda industrial mais ampla. Setores ligados à eletrônica, energia solar, componentes elétricos e tecnologias associadas à transição energética ampliaram o consumo do metal ao longo do ano.
Além disso, analistas apontam que restrições de oferta e níveis historicamente baixos de estoques contribuíram para sustentar os preços. “A demanda por metais segue firme tanto do lado industrial quanto do varejo”, afirmou Tim Waterer, analista-chefe de mercado da KCM Trade, em avaliação sobre o desempenho do setor.
Outros metais preciosos também tiveram desempenho relevante. A platina acumulou alta próxima de 135%, maior alta em quase 40 anos, enquanto o paládio avançou pouco mais de 72% no ano. Ainda assim, nenhum deles acompanhou o ritmo observado na valorização da prata, que liderou o ranking anual entre as principais commodities.
Reflexos da valorização da prata no Brasil
No Brasil, a valorização da prata acompanhou a escalada internacional, amplificada pela variação cambial. Cotações no mercado interno indicam que o preço do metal chegou a superar R$ 12 por grama em 2025, patamar bem acima do observado no início do ano. Esse avanço afetou cadeias como joalheria, indústria eletroeletrônica e segmentos que utilizam prata como insumo técnico.
Leitura ampliada sobre a valorização do metal precioso
A intensidade da valorização da prata em 2025 também reacendeu debates sobre sua posição relativa frente ao ouro. A relação ouro-prata, indicador tradicional do mercado, passou por ajustes ao longo do ano, sugerindo que parte do rali refletiu uma correção de preços acumulada em ciclos anteriores.
Portanto, para 2026, analistas avaliam que o interesse por metais preciosos pode continuar. Tudo impulsionado pela demanda por chips e aparelhos eletrônicos e por um mercado que vê na valorização da prata um marco inevitável.











