A atividade industrial da China caiu pelo segundo mês consecutivo em junho, acompanhada pela atividade de serviços no nível mais baixo em cinco meses, destacando a necessidade de novos estímulos econômicos.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) permaneceu em 49,5 em junho, sinalizando contração. Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit, acredita que a atividade industrial pode ser mais forte do que os dados sugerem. Ele acrescenta que a demanda ainda é insuficiente para uma forte recuperação.
As exportações da China superaram as previsões em maio, mas a sustentabilidade dessas vendas é incerta devido às tensões comerciais com economias ocidentais. A crise no setor imobiliário continua impactando negativamente a demanda doméstica.
Construção em baixa
Com os consumidores cautelosos, o PMI de serviços caiu para 50,2, o nível mais baixo em cinco meses, enquanto o PMI de construção caiu para 52,3. A necessidade de estímulos econômicos se torna mais evidente com esses dados.
Analistas esperam que a China implemente novas medidas de apoio econômico. Hao Zhou, economista-chefe da Guotai Junan International, destaca a necessidade de políticas de apoio adicionais, apesar das limitações para flexibilização monetária devido à pressão sobre a moeda chinesa.
Perspectivas futuras
O primeiro-ministro Li Qiang, em uma reunião do Fórum Econômico Mundial, destacou que novos setores estão impulsionando o crescimento econômico. No entanto, a alta dívida dos governos locais e a pressão deflacionária permanecem como desafios.