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Brasil resiste a sanções econômicas contra a Rússia, diz Celso Amorim

O Brasil, com a liderança de Celso Amorim, resiste às pressões dos EUA por sanções econômicas à Rússia, defendendo apoio do Conselho de Segurança da ONU. Enquanto os EUA tentam aumentar as sanções, o Brasil reafirma sua autonomia comercial e a importância do diálogo global. A proposta dos EUA de trocar a redução de tarifas pela suspensão das importações de petróleo russo gera dilemas diplomáticos. Veja como essa atitude pode afetar as relações comerciais e a segurança energética mundial.
Celso Amorim comenta postura do Brasil sobre sanções econômicas contra a Rússia
Celso Amorim defende que sanções econômicas contra a Rússia só devem ser aplicadas com aval da ONU (Foto: EBC)

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou à CNN Brasil, no sábado (02/08), que o Brasil resiste às sanções econômicas contra a Rússia quando essas não têm o aval do Conselho de Segurança da ONU. A declaração foi uma resposta direta à pressão dos Estados Unidos para que países como Brasil e Índia interrompam a importação de petróleo russo.

Segundo Amorim, restrições comerciais não devem ser usadas como forma de pressão política entre países, especialmente quando não são legitimadas por mecanismos multilaterais. Ele reforçou que decisões desse tipo só deveriam partir de instâncias internacionais reconhecidas, como a ONU.

Proposta americana envolve troca por redução tarifária

Na última quinta-feira (31/07), parlamentares dos Estados Unidos se reuniram com congressistas brasileiros e sugeriram que o Brasil reduzisse ou suspendesse a compra de petróleo da Rússia. Em troca, os americanos estariam dispostos a discutir a redução das tarifas de 50% atualmente aplicadas às exportações brasileiras — impostas durante o governo de Donald Trump.

Esse cenário reforça a estratégia dos EUA de ampliar as sanções econômicas contra a Rússia, mesmo que por meio de negociações indiretas com aliados comerciais. Para o Brasil, a proposta traz dilemas diplomáticos que envolvem tanto interesses econômicos quanto geopolíticos.

Esse movimento faz parte da política de isolamento econômico da Rússia, intensificada pelos EUA desde o início da guerra na Ucrânia. Washington tem pressionado países que mantêm laços comerciais com Moscou a reverem seus acordos. Nesse cenário, o Brasil aparece como alvo diplomático, ao lado da Índia.

A Brasil tem aumentado substancialmente a compra de petróleo da Rússia:

Índia resiste às sanções econômicas contra a Rússia e mantém comércio com Moscou

Apesar das pressões, a Índia segue comprando petróleo russo, mesmo após a imposição de uma tarifa de 25% pelos Estados Unidos. A informação foi publicada pelo The New York Times, que também relatou ameaças do presidente Trump de aplicar novas sanções caso esse comércio continue.

Em publicação recente no Truth Social, Trump minimizou a importância das relações comerciais com Nova Déli e afirmou: “Não me importo com o que a Índia faz com a Rússia.”

Brasil reforça autonomia comercial e postura multilateral

No Itamaraty, o tema das sanções econômicas contra a Rússia passou a dominar as discussões diplomáticas. Embora o governo brasileiro reconheça os impactos da guerra na Ucrânia, Amorim reforçou que o país continuará adotando uma postura independente nas suas decisões comerciais.

Além disso, o assessor destacou que o Brasil prioriza o diálogo multilateral e acredita que medidas unilaterais — como as sanções econômicas contra a Rússia — aprofundam as divisões políticas globais. A posição brasileira poderá influenciar negociações futuras em fóruns sobre comércio e segurança energética.

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