E como fiz lives! Realizei a GASTONOLIVE, a LIVE BALADÃO (A LIVE BALADA DO HUGO LEÃO), lives treinando, uma live de São João, e também lives trabalhando e educando. A minha primeira live foi uma do SEBRAE, onde fui convidado para discutir as alternativas criadas pelo governo federal para as relações trabalhistas durante o período da pandemia, com ênfase no home office.
Ah, a pandemia também me ensinou a fazer home office, home fit e home bar!
Mas, voltando à live do SEBRAE sobre home office, discuti como há aprendizados e benefícios tanto para a empresa quanto para o empregado quando se adota o home office. O tema abordado na live estava relacionado ao aumento de produtividade com essa nova (velha) modalidade de trabalho, o trabalho em casa.
Refleti sobre a “nova” modalidade de trabalho (home office). Será que é tão nova assim? O home office faz parte do novo normal?
Quando eu era criança, lá por volta de 1975, aos quatro anos de idade, meus pais trabalhavam fora. Meus avós maternos, inválidos, moravam na casa ao lado e minha mãe gerenciava ambas as casas: a nossa, com cinco filhos, o mais velho com 8 anos e o mais novo com 2, e a dos avós, sem ajuda de empregada. Nesse cenário, minha mãe cozinhava, lavava, passava roupa, arrumava a casa, ajudava nas tarefas escolares, e fazia tudo isso enquanto cumpria um expediente de 8 horas em repartição pública.
Mulher à frente do seu tempo, ela sugeriu ao secretário do departamento onde trabalhava levar os pareceres que elaborava como “advogada de ofício”, hoje conhecida como Defensora Pública, para fazer em casa. Dessa forma, ela poderia se dedicar tanto ao seu ofício profissional quanto aos afazeres domésticos. Em outras palavras, ela propôs trabalhar em home office já em 1975.
Conclusão: durante a semana, no trabalho presencial, ela conseguia emitir um parecer por dia (cinco ao final da semana), pois estava sempre preocupada com a casa e com os pais. Quando começou a levar os pareceres para casa, ela passou a revisar 40 processos em uma semana, demonstrando um aumento significativo na produtividade.
Portanto, o que se chama de “novo normal” eu considero “o normal reinventado”. É o trabalho em casa, com uma roupagem de modernidade, e, na minha opinião, uma modalidade que veio para ficar, principalmente por seus ganhos de produtividade para trabalhadores e empresas.
E você, o que acha?
Nós, advogados, gostamos de pensar e praticar o Direito “fora da caixinha” e de um bom debate!
HUGO LEÃO é advogado, Especialista em Direito e Processo do Trabalho, Assessor da Presidência do Sistema Fecomércio/CE e Diretor do Escritório Hugo Leão Advocacia.
