O Ceará em Comex é um estudo de inteligência comercial que faz um panorama do Comércio Exterior do Ceará, apresentando análises das exportações e importações cearenses por estado, município, setor, produtos, país de destino/origem e modal. Os dados referentes ao mês de novembro foram divulgados pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), que realiza o estudo.
De acordo com a publicação, as exportações cearenses chegaram a marca de US$2,4 bilhões, um aumento de 44,9%, se comparado com o período de janeiro a novembro do ano anterior. Em novembro, as exportações cearenses registraram o valor de US$ 242,3 milhões, o que corresponde a um aumento de 107,6%, se observado o mesmo mês do ano anterior. Se comparado com o resultado de novembro deste ano, percebe-se um aumento de 50,3%.
As exportações do município de São Gonçalo do Amarante tiveram um aumento de 60,9%, e corresponderam a 56,1% do total vendido pelo Ceará, registrando o montante de US$ 1,4 bilhão em exportações em 2021. O resultado positivo se deu, principalmente, em consequência do aumento das vendas de produtos à base de ferro e aço, considerando que o município engloba o polo siderúrgico do estado, sendo responsável pelos principais produtos da pauta exportadora cearense.
Já Fortaleza, obteve um desempenho positivo de 130,3%, somando em exportações o valor de US$ 267,6 milhões. Os principais produtos exportados pela capital foram combustíveis, cocos e seus produtos, crustáceos, castanhas de caju, minérios de ferro e cera de carnaúba. No total, 61 municípios cearenses realizaram operações de exportação entre janeiro e novembro de 2021.
Além disso, o estudo mostrou que o Ceará aumentou em 121,9% as exportações destinadas para os Estados Unidos, somando US$ 1,36 bilhão em 2021. O país possui a maior representatividade no que se refere aos destinos das exportações cearenses, sendo responsável por comprar cerca de 55,3% do total vendido pelo Ceará para o exterior.
Os principais produtos de interesse do país foram chapas de aço, “Partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores, etc”, lagosta, castanha de caju e couro. Até novembro deste ano, o Ceará exportou para 133 países diferentes, o que corresponde a uma queda de 8,3% na variedade dos destinos de exportação do estado.
Fortaleza foi a principal cidade importadora do Ceará
De acordo com o Ceará em Comex, Fortaleza foi a principal cidade importadora do Ceará e representou 39,8% do total comprado pelo estado no exterior em 2021. A capital registrou US$ 1,38 bilhão em aquisições de produtos no exterior, o que corresponde a um acréscimo de 76,2%, se comparado com o mesmo período do ano anterior.
Em 2021, o Ceará importou produtos de 96 países diferentes, ou seja, 9,1% a mais que no mesmo período do ano anterior. Os produtos mais demandados foram combustíveis, trigo e óleo de palma.
Em segundo lugar no ranking está São Gonçalo do Amarante. O município importou US$ 675,5 milhões neste ano, o que representou um aumento de 80,3%, se comparado com o resultado do ano anterior. Hulha, gás de petróleo e minério de ferro foram os principais produtos procurados pelo município no exterior.
Além desses, tijolos, cimentos e peixes congelados também foram demandados no mercado internacional. O acumulado do ano mostra a participação de 66 municípios importadores, valor acima do realizado em 2020.
Segundo o estudo, as compras nos Estados Unidos somaram US$ 950,8 milhões, o que corresponde a um aumento de 41,4% em 2021, se comparado com o mesmo período do ano anterior. O país foi responsável por fornecer 27,3% do valor total comprado no exterior pelo Ceará. Parceiro de longa data, o país é o principal fornecedor de combustíveis minerais e vegetais, fibras de carbono e resinas epóxidas.
