O comércio eletrônico no Nordeste apresentou um notável crescimento em 2022, impulsionado pela adaptação ao cenário pandêmico. De acordo com dados da Neotrust | Movimento Compre & Confie, o setor registrou uma alta de 24,67% em fevereiro de 2022, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além disso, o faturamento teve um aumento de 18,67%, demonstrando o fortalecimento das operações digitais na região. Esse avanço do comércio eletrônico no Nordeste está diretamente relacionado ao surgimento de novos negócios virtuais, muitos dos quais nasceram durante a pandemia.
O Impacto do Comércio Eletrônico no Nordeste
Com o isolamento social e o fechamento de estabelecimentos físicos, muitos profissionais e empreendedores viram no ambiente digital uma oportunidade de adaptação e crescimento. A criação de novos negócios, especialmente no setor de e-commerce, tornou-se uma alternativa viável para muitos que estavam em busca de inovação. Contudo, além do potencial de crescimento e faturamento, um aspecto importante para a consolidação desses empreendimentos está na proteção de marcas. A marca é um dos ativos mais valiosos de qualquer negócio e protegê-la desde o início é fundamental para garantir a longevidade da empresa.
Proteção de Marcas no Comércio Eletrônico
Segundo o advogado Frederico Cortez (foto), especialista em direito empresarial e cofundador da startup cearense MyMarca – Propriedade Industrial e Intelectual, muitos empreendedores negligenciam o registro de suas marcas no momento de inaugurar seus negócios. “A proteção da marca empresarial geralmente não é a prioridade de quem está começando no nicho de vendas de produtos ou serviços, o que pode representar um risco significativo para o sucesso do negócio”, alerta Cortez. Esse descuido pode gerar sérios problemas para a empresa no futuro.
Consequências da Falta de Registro de Marca
A ausência de registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pode resultar em danos irreversíveis para o negócio. Como explica Cortez, “a falta de registro pode levar à derrubada do perfil no Instagram, bloqueio de campanhas no Google Ads e, até mesmo, a ações judiciais por uso indevido de marca”. A Lei 9.279/96, conhecida como Lei de Propriedade Industrial (LPI), estabelece em seu artigo 2º, inciso III, que o registro de marca é essencial para garantir a proteção legal do sinal distintivo de uma empresa.
Portanto, é vital que as empresas que estão entrando no comércio eletrônico, principalmente em um momento de expansão como o que ocorre no Nordeste, priorizem o registro de suas marcas no INPI para evitar problemas futuros. A marca registrada oferece segurança jurídica e evita que terceiros se apropriem de um ativo valioso para o sucesso do negócio. Assim, investir na proteção da marca não é apenas uma formalidade, mas uma estratégia essencial para garantir o crescimento e a consolidação da empresa no mercado digital.
O comércio eletrônico no Nordeste continua em expansão, oferecendo inúmeras oportunidades para novos negócios. No entanto, para que essas empresas cresçam de forma sustentável, é imprescindível que invistam na proteção de suas marcas desde o início. O registro de marca, conforme previsto pela legislação, protege a empresa de eventuais litígios e garante a segurança jurídica necessária para operar no ambiente virtual. A falta dessa proteção pode custar caro, afetando diretamente o futuro e a reputação da empresa.
Assim, empreendedores que desejam prosperar no comércio eletrônico devem estar atentos não apenas às oportunidades de crescimento, mas também aos cuidados legais que garantem a longevidade e o sucesso de seus negócios no ambiente digital.
