O governo Federal divulgou suas primeiras projeções econômicas desde o início do mandato, estimando um crescimento mais modesto da economia em 2023. De acordo com o Ministério da Fazenda, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano será de 1,61%, menor do que a estimativa anterior feita durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), que previa uma alta de 2,1%. A previsão do mercado também é mais tímida, com expectativa de crescimento de 0,89% neste ano, segundo o Boletim Focus do Banco Central.
Além disso, o governo estima um terceiro estouro consecutivo da meta de inflação em 2023, com uma projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,31%, acima da meta de 3,25% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O governo atribuiu esses resultados aos efeitos negativos da alta dos juros sobre a atividade econômica.
O governo também revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB em 2024, de 2,5% para 2,34%, mas elevou a estimativa para 2025 para 2,76%. Quanto à inflação medida pelo IPCA, espera-se uma alta de 3,52% no próximo ano e a convergência para a meta de 3% a partir de 2025.
Segundo a Secretaria de Política Econômica, a nova projeção do PIB incorpora os efeitos negativos da alta dos juros e a projeção da inflação incorpora um cenário mais realista para os preços de bens e serviços monitorados, como tarifas de energia elétrica e planos de saúde. A reoneração de tributos federais sobre a gasolina também foi considerada, com o governo destacando que a medida auxilia o equilíbrio fiscal, contribui para a redução estrutural da inflação e traz benefícios para o meio ambiente.









