O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego ficou em 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, o menor valor registrado para este período desde 2015.
No entanto, o indicador apresentou crescimento em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano passado, quando estava em 8,1%, indicando que o processo de recuperação do mercado de trabalho após a pandemia pode ter chegado ao fim.
De acordo com o IBGE, o aumento do desemprego no trimestre encerrado em novembro é sazonal e pode sinalizar o retorno à característica sazonal do mercado de trabalho. O órgão ainda informou que o Brasil teve 9,2 milhões de desempregados no trimestre encerrado em fevereiro, representando um crescimento de 5,5% em relação ao trimestre anterior.
Entre as categorias que mais perderam postos de trabalho estão o empregado sem carteira no setor público, o empregado sem carteira assinada no setor privado e o trabalhador por conta própria com CNPJ. Além disso, o número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou estável após seis trimestres consecutivos de crescimento significativo.
A perda de postos de trabalho na administração pública também é considerada natural nesta época do ano, segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. Ela ainda destacou que a evolução das estatísticas do emprego nos últimos trimestres é vista por analistas como um indicador de desaquecimento da atividade econômica.
O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.853, e houve aumento apenas nos setores de Alojamento e Alimentação e Serviços Domésticos. A população ocupada teve o segundo trimestre seguido de queda, após nove trimestres de crescimento ou estabilidade.