Inflação desacelera e impulsiona otimismo no mercado financeiro, trazendo queda do dólar e ganhos expressivos na bolsa de valores.
Euforia tomou conta do mercado financeiro nesta terça-feira (11) quando o dólar caiu para R$ 5, marcando seu menor valor em dez meses, e a bolsa de valores teve seu melhor dia desde outubro, com o Ibovespa subindo mais de 4%.
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O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5, uma queda de R$ 0,058 (-1,15%). A moeda abriu próxima da estabilidade, mas despencou após a divulgação da inflação no Brasil em março. Na mínima do dia, chegou a R$ 4,99. Com esse desempenho, o dólar acumula queda de 1,36% em abril e de 5,3% no ano.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 106.214 pontos, com alta de 4,29%, a maior desde 3 de outubro. Entre os maiores ganhos do dia, destacam-se Pague Menos (+10,53%), M. Dias Branco (+4,77%), Bradesco (+5,24%) e Banco Pine (+3,73%).
A queda nos juros incentiva os investidores a buscarem ativos de maior risco, como a Bolsa, e a se retirarem de ativos mais seguros, como o dólar e títulos atrelados ao DI.
Inflação desacelera e anima investidores
Fatores internos e internacionais contribuíram para os ganhos no mercado financeiro. No Brasil, a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou em março animou os investidores. Pela primeira vez em dois anos, a inflação acumulada em 12 meses ficou abaixo de 5%.
A inflação mais baixa aumenta a possibilidade de o Banco Central (BC) antecipar a queda da Taxa Selic (juros básicos da economia). Os investidores também aguardam o envio do projeto do novo arcabouço fiscal ao Congresso.
No exterior, as bolsas fecharam com resultados mistos, com a expectativa da divulgação da inflação nos Estados Unidos. Caso o indicador desacelere, existe a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) parar de elevar os juros da maior economia do planeta antes do previsto.
