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Governo francês aprova tarifa para entregas de livros online visando apoiar livrarias locais

Pexels/Pixabay

O governo francês aprovou um decreto que estabelece uma taxa de três euros (R$ 16) para a entrega de livros encomendados pela internet no país. Essa medida tem como objetivo apoiar livrarias locais, incentivando os leitores a visitarem a livraria mais próxima em vez de comprarem online com apenas alguns cliques.

A tarifa também tem a intenção de promover uma concorrência menos desigual entre empresas francesas de menor porte e os gigantes do varejo online, como a Amazon e Fnac.

Essa medida foi criada para corrigir uma “competição distorcida” no setor, já que as grandes empresas de comércio digital se beneficiam de uma lei de 2014 que permite que elas façam entregas praticamente gratuitas, enquanto as livrarias independentes precisam arcar com um custo de cerca de seis euros (R$ 33) por remessa. A tarifa de três euros se aplicará a compras de livros de até 35 euros (R$ 190), enquanto encomendas online acima desse valor seguem a regra de 2014.

Embora a nova medida só entre em vigor em 7 de outubro, ela já provocou reações da Amazon, líder do mercado, que se opôs à medida. Em nota, a empresa disse estar preocupada com o impacto que o aumento terá na leitura e nos leitores, especialmente aqueles que vivem em áreas rurais e pequenas cidades. A Amazon afirmou que 46% dos livros vendidos em sua plataforma são entregues em áreas sem livrarias e que uma taxa mínima de três euros aumentará o preço de um livro de bolso vendido por 7,50 euros (R$ 41) em 40%.

No entanto, segundo uma pesquisa do Ifop de 2021, 45% dos franceses que compram livros online o fazem por causa da distância dos pontos de venda físicos, o que sobe para 81% nas áreas rurais. O governo francês afirma que existem 3.500 livrarias na França, ou cerca de uma livraria para cada 20 mil habitantes. Se forem contabilizadas as lojas que também vendem livros, mas não exclusivamente, esse número sobe para cerca de 25 mil estabelecimentos.

Com essa medida, o governo francês busca promover um mercado livreiro mais justo e apoiar as pequenas empresas locais, incentivando os leitores a apoiarem as livrarias físicas.

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