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Argentina enfrenta severa seca histórica que agrava crise econômica

A Argentina enfrenta uma seca severa que piora sua crise econômica. Com três anos de estiagem, a produção agrícola caiu, afetando a criação de gado e colocando mais de 21 milhões de animais em risco. As exportações agrícolas perderam US$ 14 bilhões. O governo tenta reduzir os danos com medidas como o "dólar agro". Veja como a Argentina lida com essa crise e as lições tiradas.
Terreno árido e seco na Argentina, evidenciando os impactos da grave seca que afeta a produção agrícola e agrava a crise econômica.
A seca na Argentina diminuiu o volume de grãos transportados para os portos. (Foto: kelly chen/Pexels)

A Argentina enfrenta um dos períodos mais difíceis de sua história recente. Três anos consecutivos de seca severa, intensificados por ondas de calor e geadas fora de época, impactaram drasticamente o setor agrícola. Toneladas de grãos, que deveriam estar armazenadas nas fazendas, simplesmente não existem, agravando uma crise econômica já delicada.

Seca na Argentina é histórica e suas causas

A estiagem começou em 2020, com o fenômeno La Niña resfriando o oceano Pacífico, e só terminou em março deste ano. Esse longo período de seca afetou principalmente a “zona núcleo”, região fértil que abrange as províncias de Buenos Aires, Santa Fé e Córdoba. A escassez de chuvas prejudicou tanto as plantações quanto a criação de gado, pilares da economia rural.

Sem pasto para alimentar os animais, muitos pecuaristas foram obrigados a vender seu gado por preços baixos. Segundo um relatório da Direção Nacional de Emergência e Risco Agropecuário, mais de 21 milhões de cabeças estão em risco. Além disso, a baixa produção de leite e a dificuldade de reprodução das vacas refletem os impactos da crise.

Impactos econômicos

A seca não só reduziu as colheitas, mas também diminuiu o volume de grãos transportados para os portos, afetando toda a cadeia produtiva. As exportações agrícolas, que respondem por 40% das divisas da Argentina, sofreram um prejuízo estimado em US$ 14 bilhões neste ciclo. A produção de soja e milho caiu quase pela metade, levando o Brasil a superar a Argentina como maior exportador de farelo de soja, algo inédito em décadas.

Medidas do governo para conter a crise

Para enfrentar a crise, o governo argentino implementou o “dólar agro”, oferecendo um câmbio diferenciado para exportadores de soja. A medida visa aumentar a entrada de dólares, fundamentais para equilibrar as reservas do país. Porém, o efeito é limitado diante da gravidade da seca e seus reflexos na inflação alimentar.

A situação da Argentina levanta uma questão: como os países podem se preparar para eventos climáticos extremos que comprometem a segurança alimentar e econômica?

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