Enquanto 7 em cada 10 funcionários desejam manter o modelo de trabalho híbrido, uma proporção similar de empregadores ainda prefere ter mais colaboradores no escritório. Essa discrepância revela um conflito entre a economia de tempo dos empregados ao evitar deslocamentos e as preocupações das empresas em relação à produtividade no trabalho remoto.
Os funcionários valorizam a flexibilidade e a conveniência proporcionadas pelo trabalho híbrido, permitindo-lhes otimizar seu tempo e evitar deslocamentos diários. Por outro lado, as empresas demonstram relutância em relação à manutenção da produtividade em um ambiente de trabalho remoto.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Mercer Brasil em novembro do ano passado, 76% das empresas ainda se sentem inseguras quanto à possibilidade de perda de produtividade no trabalho híbrido ou totalmente remoto. Além disso, 66% relatam excesso de reuniões e 51% afirmam que é difícil acompanhar profissionais iniciantes.
Diante dessa divergência, especialistas recomendam a negociação como solução. Cada empresa e funcionário devem avaliar o que funciona melhor para o seu caso específico. É essencial que os empregadores adotem uma postura de escuta ativa, abandonando decisões impostas de cima para baixo.
Ao envolver todos os stakeholders em discussões construtivas, é possível encontrar um equilíbrio entre as necessidades e expectativas dos funcionários e as metas e preocupações das empresas. A negociação permite o estabelecimento de políticas de trabalho flexíveis que beneficiem ambas as partes, contribuindo para um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório.