Fusões e Aquisições no Agronegócio no Brasil tiveram um crescimento notável em 2022, de acordo com um estudo recente da KPMG. A pesquisa revela que estas operações representaram 3,8% das negociações totais até abril, um aumento considerável em relação aos 1,5% em 2021 e 1,9% em 2022.
No ano de 2022, foram registradas 117 transações, um salto de 105% em relação às 57 registradas no ano anterior. A grande maioria dessas transações foram domésticas, com 75% das negociações envolvendo empresas de capital majoritariamente nacional adquirindo capital de outras companhias brasileiras.
No entanto, a atividade estrangeira também foi notável, representando 24% das negociações. Apenas 1% das transações envolveu empresas brasileiras adquirindo capital de companhias no exterior.
O agronegócio representou 7% do total de operações em todos os segmentos no Brasil em 2022. Segundo a KPMG, o potencial para crescimento no setor de agronegócios ainda é significativo. A maior parte das transações, 76%, envolveu companhias de agroserviços, e cerca de 80% dessas transações estavam no campo da tecnologia.
“Este volume ainda é incipiente diante das 1.703 agtechs mapeadas pela Embrapa no ecossistema de inovação do Brasil”, observa Giovana Araújo, sócia-líder de Agronegócio da KPMG no Brasil. Para Araújo, a evolução tecnológica e o peso do agronegócio no PIB brasileiro indicam um grande potencial para crescimento futuro no setor.
A alta das fusões e aquisições se deve à safra recorde e às expectativas de recuperação das margens, após o início da guerra na Ucrânia. Apesar de um início mais lento para as transações gerais este ano, a participação do agronegócio nas operações de M&A tem mostrado um crescimento consistente.
O agronegócio está ganhando destaque no mercado de M&A, com 17 transações no segmento envolvendo ao menos R$ 1 bilhão entre janeiro e abril. Esse é um indicador de um futuro promissor para o setor, especialmente considerando as transformações tecnológicas em andamento e a relevância do agronegócio na economia brasileira.