A Eurofarma acaba de levantar R$ 500 milhões com a emissão de uma debênture, em mais um movimento da gigante farmacêutica para montar um colchão de liquidez para M&As transformacionais. A dívida tem prazo de seis anos, com as amortizações começando no quarto ano. A taxa foi de CDI + 2,3% e a subscrição foi feita pelo Santander Brasil, que pode distribuir os títulos ou mantê-las no próprio book.
Ao Brazil Journal, o CFO Alexandre Palhares disse que a taxa foi um pouco mais alta porque a emissão permite que a Eurofarma pré-pague a operação a qualquer momento na curva. “Isso faz sentido dentro da nossa estratégia. Estamos levando a estrutura de capital da companhia para um nível mais estressado agora, para ter liquidez para fazer M&As maiores, transformacionais. Mas depois pretendemos fazer uma operação de equity que traga a alavancagem de volta para baixo, disse o CFO.
A Eurofarma estreou no mercado de capitais há apenas três anos. Desde então, fez outras três emissões de debêntures. A mais recente foi há dois meses, quando a companhia de Maurizio Billi levantou R$ 1 bilhão numa operação encarteirada pelo Itaú que saiu basicamente nos mesmos termos da operação de hoje.
A alavancagem da Eurofarma, a relação dívida líquida/EBITDA dos últimos doze meses, está um pouco abaixo de 2x hoje. Segundo Palhares, o indicador deve fechar o ano em torno de 2,5x a 2,6x depois das operações de M&A previstas.
A companhia tem uma dívida bruta de cerca de R$ 6 bilhões e um caixa de R$ 2 bi. A empresa teve uma receita líquida de R$ 8 bilhões, com margem EBITDA de 25% e lucro líquido de R$ 1 bilhão. No fim do ano passado, a Eurofarma comprou as pastilhas Valda e outros ativos do laboratório Canonne por R$ 725 milhões. Este ano, fechou a compra das operações da Sanofi na Colômbia, Peru e Equador por mais US$ 300 mi.

 
								 
											


 
 

 





