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Plano de recuperação judicial da Americanas é rejeitado por investidores

Entenda os detalhes do plano de recuperação judicial da Americanas e saiba por que foi rejeitado por detentores de debêntures.
Lojas Americanas, CPI encerrada
(Foto: Divulgação)

O plano de recuperação judicial da Americanas foi rejeitado por detentores de debêntures, conforme atas de assembleias realizadas em 29 e 30 de maio, divulgadas na quinta-feira (01/06). Com a rejeição, novas assembleias foram agendadas para os dias 26 e 27 de junho. Nessas datas, outros pontos da pauta que não foram votados anteriormente também serão apreciados.

Presença dos debenturistas

No site da Americanas há quatro atas distintas das assembleias, cada uma dedicada a uma emissão diferente de debêntures da companhia: 5ª, 14ª, 15ª e 16ª emissões. O percentual de presença dos debenturistas variou de 2,73% a 75,52% dos papéis em circulação de cada emissão. Segundo o plano apresentado no fim de março, os detentores de dívidas da varejista teriam de aceitar descontos de ao menos 70% no valor devido pela Americanas.

Além disso, o documento prevê um aumento de capital de R$ 10 bilhões, que será realizado pelos acionistas de referência: Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann. Esses acionistas são sócios da 3G Capital. O documento também menciona a venda de ativos, como Hortifruti/Natural da Terra e o grupo Uni.Co, que inclui as marcas Puket, Imaginarium e Love Brands. Além disso, destaca a participação na Vem Conveniência. Esta última é uma joint venture com a Vibra, anteriormente conhecida como BR Distribuidora.

Mas,“100% dos debenturistas presentes e elegíveis para votar desaprovaram o plano de recuperação”, de acordo com as atas. Em comunicado ao mercado, a Americanas informou que segue em busca de um consenso sobre seu plano de recuperação, que ainda está sujeito a ajustes.

Com uma dívida que já ultrapassa R$ 50 bilhões, a Americanas entrou em recuperação judicial no início do ano. Esse valor acrescenta aos R$ 42,5 bilhões divulgados em fevereiro mais R$ 7,6 bilhões de débitos mantidos entre as empresas que fazem parte do grupo da companhia.

Operação Risco Sacado

Cerca de 44% do total de dívidas financeiras e com debêntures estão relacionadas às operações de risco sacado. Essas operações são o foco da polêmica envolvendo a varejista. Elas deram origem ao rombo contábil anunciado em janeiro, à época estimado em R$ 20 bilhões.

A aprovação do plano de recuperação judicial da Americanas deve se alongar por alguns meses.

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