Em meio a oscilações econômicas, 2023 apresentou queda nas vendas do varejo em maio de 2,9%, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Este resultado reflete uma retração, já descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2022.
Nesta queda, o macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis foi um grande contribuinte, com uma retração de 10,2%, e teve um impacto no índice geral. No mesmo segmento, Vestuário e Artigos Esportivos foram os mais afetados, exibindo a maior queda.
Os Serviços registraram queda de 7,0%, influenciada negativamente pelo setor de Turismo e Transporte. Paralelamente, o setor de Materiais para Construção também retraiu.
Em contraste, o macrossetor de Bens Não Duráveis emergiu como o único com aumento nas vendas, marcando um crescimento de 2,6%. Este resultado foi impulsionado pelo crescimento no segmento de Postos de Combustíveis.
As mudanças no calendário de 2023 praticamente não influenciaram a performance de maio em relação ao ano anterior. Em 2023, houve um domingo a menos e uma quarta-feira a mais em comparação a 2022. O feriado do Dia do Trabalho ocorreu numa segunda-feira em vez de domingo, equilibrando o impacto das variações.
Vale mencionar que o ICVA, ao ser ponderado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicou que a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses até maio foi de 2,7%, mostrando uma desaceleração em relação ao mês anterior.
O vice-presidente de Produtos e Tecnologia da Cielo, Carlos Alves, afirmou: “É o segundo mês seguido de queda das vendas do Varejo em maio. Nos dois meses, o macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis foi o principal responsável pelo resultado negativo”.
Os resultados regionais em março de 2022, conforme o ICVA deflacionado e ajustado, foram: Sul (-0,3%), Norte (-1,1%), Nordeste (-2,5%), Centro-Oeste (-2,6%) e Sudeste (-3,8%).
Este panorama do varejo mostra que os desafios econômicos persistem e que a recuperação dos setores mais afetados será um elemento crucial para os próximos meses.









