A Arábia Saudita e a Rússia, principais exportadores de petróleo do mundo, anunciaram um aumento nos cortes na oferta de petróleo, resultando em uma alta nos preços. Apesar das preocupações com a desaceleração econômica global e possíveis aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve dos EUA, essas medidas visam estabilizar o mercado.
A confirmação da Arábia Saudita reforçou a extensão do seu corte voluntário na produção de petróleo em um milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês, até agosto, e deixou em aberto a possibilidade de estender essa redução além desse período. Em seguida, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, anunciou que a Rússia reduzirá suas exportações de petróleo em 500.000 barris por dia em agosto.
Esses cortes correspondem a 1,5% da oferta global e elevam o total prometido pela Opep+ para 5,16 milhões de bpd. A coalizão Opep+, liderada pela Rússia, é responsável por aproximadamente 40% da produção mundial de petróleo bruto e tem implementado cortes desde novembro do ano passado.
A notícia dos cortes impulsionou os preços do petróleo, com o Brent alcançando US$ 75,89 o barril às 8h23 (horário de Brasília). No entanto, as medidas tomadas até o momento não conseguiram elevar os preços além da faixa de US$ 70 a US$ 80 o barril, devido à demanda chinesa enfraquecida e ao aumento da oferta dos Estados Unidos.
“A produção do reino para o mês de agosto de 2023 será de aproximadamente 9 milhões de barris por dia”, informou a agência de notícias estatal saudita SPA, citando uma fonte oficial do Ministério da Energia do país. A Rússia também já se comprometeu a reduzir sua produção para 9,5 milhões de bpd até o final do ano.