No cenário econômico de 2023, as empresas Azul (AZUL4) e Yduqs (YDUQ3) se destacaram em setores totalmente opostos, liderando as maiores altas do Ibovespa no primeiro semestre. Uma incrível disparada de 98% foi observada na Azul, enquanto a Yduqs manteve um crescimento sólido.
Segundo Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, a forte alta da Azul se deu pela soma de fatores-chave. “A queda do dólar teve um papel fundamental na melhoria da rentabilidade da empresa, dado que o querosene de aviação é dolarizado”, explica.
Além disso, a queda do preço do petróleo, origem do querosene de aviação, também contribuiu para o desempenho da companhia. Quando o petróleo cai, o custo do combustível de aviação diminui, o que resulta em benefícios para a rentabilidade da companhia aérea.
Outro impulso veio com o fim da pandemia de Covid-19. À medida que as viagens voltaram a ser uma parte integrante da vida diária, a demanda por serviços da Azul aumentou no Brasil.
No entanto, Quaresma adverte contra a compra de ações da Azul para o restante do ano. “A companhia está bem alavancada, o que pode levar a possíveis dificuldades financeiras antes que a economia melhore”, afirma.
Por outro lado, os analistas da Genial Investimentos, Ygor Bastos e Bernardo Noel, mantêm uma perspectiva positiva sobre a Azul para o segundo semestre, embora recomendem “manter” a ação, com um preço-alvo de R$ 22.
“A demanda por viagens em 2023 permanece resiliente, impulsionada pela retomada dos volumes de tráfego internacional. Esperamos melhorias operacionais no setor nos próximos meses”, apontam Bastos e Noel.