Tudo permanece estável para a Berkshire Hathaway, a empresa liderada por Warren Buffett, apesar da recente revisão para baixo do rating soberano dos Estados Unidos realizada pela Fitch Ratings.
“A Berkshire adquiriu uma quantia significativa de US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA no início desta semana. Realizamos uma aquisição de US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro nesta última segunda-feira (31). E, olhando adiante para a próxima semana (7), surge a indagação se iremos expandir nossa carteira com US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro com vencimento de 3 ou 6 meses”, revelou Buffett durante entrevista concedida à emissora CNBC. “Existem certos aspectos que não devem gerar apreensão. [A reavaliação do rating dos Estados Unidos] certamente se enquadra nesse contexto”.
A agência Fitch tomou a decisão de rebaixar a classificação de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA+, justificando tal ação pelo crescente déficit do país e pela escalada da discordância política em torno das medidas recorrentes necessárias para elevar o limite da dívida.
A ocasião foi oportuna – em menos de 24 horas após o anúncio, o governo americano incrementou os seus planos para emissão de dívidas trimestrais, algo que não acontecia há dois anos e meio. Em meio às compras
Apesar de uma reação moderada nos mercados após o rebaixamento, os títulos do Tesouro de longo prazo enfrentaram o desafio da semana mais difícil deste ano. Dentre os fatores desencadeantes estão aumentos nos volumes de leilões maiores do que o previsto para este mês, a decisão do Banco do Japão de flexibilizar o controle sobre as taxas de juros internas e sólidos indicadores de emprego nos Estados Unidos – todos esses elementos impactaram na demanda por títulos do governo americano.