Após meses de incertezas devido a preocupações antitruste, a editora Simon & Schuster encontrou uma nova casa na empresa de private equity KKR, que adquirirá a gigante editorial por US$ 1,62 bilhão (aproximadamente R$ 7,9 bilhões), conforme anunciado pela controladora da editora, a Paramount Global.
O acordo vem à tona após um juiz federal bloquear a tentativa anterior de aquisição da Simon & Schuster pela editora concorrente Penguin Random House. A venda para a KKR é vista como uma solução que evita possíveis problemas de concentração de mercado e falta de concorrência no setor de publicações.
A Simon & Schuster continuará operando como uma entidade autônoma, com o CEO, Jonathan Karp, à frente da liderança. Enquanto isso, a Paramount Global, que recentemente divulgou um prejuízo de US$ 424 milhões no último trimestre, utilizará os recursos provenientes da venda para sanar dívidas.
Embora ainda sujeito à aprovação governamental, o acordo provavelmente não enfrentará as objeções levantadas pela tentativa de aquisição anterior pela Penguin Random House. A Simon & Schuster, que conta com autores renomados como Stephen King, Colleen Hoover e Bob Woodward, é uma das “Big Five” das editoras de Nova York, ao lado de nomes como Penguin Random House, HarperCollins Publishers, Hachette Book Group e Macmillan.
Nos últimos anos, a Simon & Schuster manteve um desempenho sólido em vendas, mesmo durante momentos de desaquecimento no mercado de livros. A editora tem em seu cronograma alguns dos lançamentos mais aguardados do outono, como as memórias de Britney Spears em “The Woman In Me” e a biografia de Elon Musk por Walter Isaacson.
Fundada em 1924 por Richard Simon e Max Schuster, a editora passou por várias mudanças de propriedade desde que foi adquirida pela Gulf+Western em 1975. A decisão de vendê-la foi impulsionada pela Paramount, que busca focar em seu viés de entretenimento em vídeo.
